sexta-feira, 31 de março de 2023

As tentativas da CIA para desestabilizar a Venezuela


Por Chris Carlson*

O presidente da estação venezuelana de rádio e televisão RCTV, Eladio Larez, não é propriamente um desconhecido da CIA. Na verdade, os contactos de Eladio com a agência começaram há quase 20 anos. Em 1989, Larez ajudou a CIA a canalizar fundos através da Venezuela para a oposição na Nicarágua, quando esta se esforçava para derrubar o governo sandinista através de uma campanha de desestabilização e violência em grande escala. Larez teve até a amabilidade de criar uma falsa fundação na Venezuela, denominada Fundação Nacional para a Democracia, que funcionou como capa para receber dinheiro da CIA e transferi-lo para a Nicarágua, onde serviu para financiar as operações de um dos principais jornais da oposição.

“Como jornalista,” dizia Larez aos seus colegas nicaragüenses, “compreendo os problemas que existem com a liberdade de expressão nestes países e as necessidades e dificuldades dos órgãos de comunicação escrita e falada”.

Algumas semanas mais tarde, o presidente venezuelano Carlos Andres Perez, um amigo e aliado político de Larez, dava ordens ao exército nacional para disparar sobre manifestantes inocentes nas ruas de Caracas, matando centenas, ou possivelmente milhares, de ativistas. A RCTV de Larez ajudou a mascarar esta realidade, não transmitindo imagens do massacre.

Analogamente, a 13 de Abril de 2002, depois de a RCTV e outros órgãos de informação venezuelanos terem apoiado e participado num golpe de estado contra o Presidente Hugo Chávez, cerca de 60 manifestantes pró-Chávez foram mortos pelo governo temporariamente liderado por Pedro Carmona. A RCTV recusou-se a difundir imagens da violência, preferindo transmitir desenhos animados e telenovelas enquanto cidadãos eram mortos nas ruas da capital.

Aparentemente, as preocupações fictícias de Larez com a “liberdade de expressão” não mudaram muito com o passar dos anos. É caso para perguntar se as suas relações com a CIA se mantêm iguais também… Se analisarmos o papel que Eladio Larez desempenhou na campanha de desestabilização da Nicarágua orquestrada pela CIA, perceberemos melhor os métodos que ele e a sua RCTV estão a usar na Venezuela com idêntico propósito.

La Prensa (Nicarágua): um modelo para a RCTV da Venezuela

Em 1979, no mesmo ano em que os guerrilheiros sandinistas derrubaram a ditadura da família Somoza, que há décadas brutalizava a Nicarágua, o Departamento de Estado norte-americano começou a procurar formas de evitar transformações profundas no país, criando aquilo que alguns responsáveis designaram por “somozismo sem Somoza”. Durante os anos de governo sandinista que se seguiram, os Estados Unidos e a CIA tentaram praticamente todas as estratégias de que dispunham, incluindo a violência e a guerra declaradas através de forças “contra-revolucionárias” por si financiadas e designadas de “contras,” com o objetivo de subverter, desestabilizar e, em última análise, derrubar o regime revolucionário de Manágua. Nessa campanha, a utilização dos meios de informação teve uma importância fundamental.

Com o objetivo de criarem um ambiente midiático hostil, os Estados Unidos apoiaram, criaram e financiaram órgãos de informação tanto no interior como no exterior da Nicarágua, destinados a influenciar a opinião pública e desestabilizar o governo sandinista. Nos primeiros anos do novo regime, a CIA emitiu para o território da Nicarágua a partir de estações de rádio em países vizinhos como Honduras e deu apoio financeiro a estações de rádio da oposição na Nicarágua. Mais tarde, os Estados Unidos criaram a sua própria estação de rádio no país, designada Radio Democracia, com fundos provenientes do National Endowment for Democracy (NED), uma entidade com ligações à CIA. A missão, de acordo com o diretor da estação, consistia em “combater os instrumentos [dos sandinistas’] de conscientização da população.” O que fazia todo o sentido, porque uma população consciente poderia discordar dos planos de Washington para instaurar um “somozismo sem Somoza.”

O órgão de informação mais importante nesta estratégia dos EUA seria, no entanto, o conhecido jornal da oposição La Prensa. Desde o advento do regime sandinista que o diário de Manágua começou a receber milhões de dólares em pagamentos da CIA e do NED, muitos deles canalizados secretamente através de terceiros como Eladio Larez e o governo venezuelano do Presidente Carlos Andres Perez.

Um ano antes das eleições de 1990, Larez encontrou-se com a proprietária do La Prensa e candidata dileta de Washington, Violeta Chamorro, com o objetivo de criar uma falsa fundação que pudesse receber dinheiro da CIA e transferir essas verbas para o jornal da oposição. Segundo um documento consultado, a organização criada por Larez para funcionar como testa de ferro, a Fundação Nacional para a Democracia, “apenas seria necessária provavelmente como intermediária no papel.”

Larez colaborou, e assistiu em primeira mão, aos esforços dos EUA para orquestrarem uma campanha dos órgãos de informação da oposição na Nicarágua e promoverem a candidata da oposição. Os esforços permitiram aos Estados Unidos “comprarem” as eleições de 1990 na Nicarágua para a oposição, como explicou o congressista da Califórnia George Miller: “Agarramos na Sra. Chamorro e pagamos para que o seu jornal continuasse a ser publicado, financiamos todas as suas atividades e agora vamos dar-lhe a melhor eleição que a América puder pagar.”

O apoio da CIA permitiu ao jornal desempenhar um papel-chave na campanha contra o governo. O mesmo papel, na verdade, que a CIA fomentara noutros países que também haviam sido vítimas de programas de desestabilização. No Chile, por exemplo, o jornal El Mercurio, desempenhara idêntico papel na operação montada pela CIA contra o governo de Allende, em 1973; tal como, em 1980, o fizera o Daily Gleaner da Jamaica contra o governo de Manley.

Os órgão de informação podem ter um papel extremamente útil na remoção de governos gozando de apoio popular mas, ainda assim “indesejáveis”. Na Venezuela, a RCTV de Eladio Larez parece estar a desempenhar esse mesmo papel.

Desestabilizar a Venezuela

Ao longo destes anos em que venho observando o comportamento dos órgãos de informação na Venezuela, existe um aspecto da cobertura noticiosa da RCTV que sobressai: com efeito, tudo gira em torno do Presidente Chávez. Diariamente, de manhã até à noite, a cobertura noticiosa da RCTV e os programas de debate político parecem associar todo e qualquer problema no país ao governo de Chávez.

Curiosamente, essa estratégia parece saída diretamente dos manuais da CIA e foi aplicada de modo análogo na Nicarágua contra os sandinistas. Um dos manuais da CIA usados pelos grupos anti-sandinistas indica ser necessário determinar “as necessidades e frustrações de grupos-alvo” e canalizá-las para uma ”hostilidade anti-governamental generalizada.” Segundo esse manual, o objetivo é fazer com que a população identifique o governo no poder com “a origem das suas frustrações” e levá-la a acreditar que essas frustrações só serão ultrapassadas com a eliminação do governo. Associar todos os problemas do país ao governo central, ou mesmo ao próprio presidente, é a estratégia usada para criar uma hostilidade anti-governamental e sentimentos de frustração generalizados.

Na Venezuela, a responsabilidade pelos crimes, corrupção, raptos, greves, desemprego, pobreza, problemas com as infra-estruturas e mesmo as ineficiências de natureza geral são sempre atribuídas diretamente ao governo central ou mesmo ao próprio presidente, quase como se tais problemas nunca tivessem existido antes de Hugo Chávez, e como se o governo fosse a única causa possível para eles. O rapto e assassinato de três crianças em 2006, por exemplo, foi usado durante meses a fio para criticar o governo de Chávez, como foi, no mesmo ano, o colapso de uma ponte importante perto de Caracas. Mesmo um aumento da criminalidade foi literalmente atribuído à “retórica inflamada do presidente.”

Quase todas as pessoas entrevistadas pela RCTV têm uma mensagem para enviar ao presidente do país, mesmo quando aquilo que está em causa é um simples buraco numa estrada ou uma rua inundada. As queixas dos cidadãos comuns são frequentemente dirigidas contra o próprio Presidente Chávez. Parece provável que a RCTV faça isto com um propósito, presumivelmente perguntando aos seus entrevistados se têm algo a dizer ao presidente e transmitindo depois as suas respostas para criar uma associação direta entre os problemas de âmbito local, nas comunidades, e o governo central. Ao canalizar todos os problemas para o próprio Hugo Chávez, os media criam a impressão de que ele é a “raiz da sua frustração.”

Os Estados Unidos recorreram igualmente a diversas outras operações psicológicas dissimuladas para desestabilizarem a Nicarágua e travarem uma guerra informativa contra o governo. As técnicas usadas envolveram a manipulação e o pagamento de jornalistas, campanhas de desinformação e propaganda, e estratégias para influenciar a cobertura noticiosa internacional do país. Como foi reconhecido por um funcionário norte-americano, a guerra informativa na Nicarágua teve como objetivo “demonizar o governo sandinista” de modo “transformá-lo num verdadeiro inimigo e ameaça.”

A estratégia atualmente em curso na Venezuela parece ser em tudo idêntica. Revelações recentes mostraram que também alguns dos principais jornalistas da oposição venezuelana receberam pagamentos das autoridades norte-americanas nos últimos anos, e organizações financiadas pelos EUA produzem com regularidade comunicados e organizam conferências de imprensa a fim de criticarem publicamente quase todas as decisões políticas do governo de Chávez.

De forma continuada, o Departamento de Estado norte-americano tem vindo a difundir para a imprensa internacional relatórios de natureza propagandística em que critica o governo venezuelano sobre todo e qualquer tema, desde as políticas de combate ao narcotráfico, aos direitos humanos e à corrupção. Tais relatórios pretendem demonstrar que a Venezuela tem, atualmente, um desempenho pior do que anteriores governos venezuelanos ou mesmo os vizinhos da Venezuela, incluindo, por exemplo, aliados dos EUA como a Colômbia, com uma situação muito pior em termos de direitos humanos.

Os órgãos de informação da oposição, como a RCTV, trabalham em sintonia com o esforço de propaganda dos norte-americanos e dão um apoio e cobertura ilimitados aos relatórios e denúncias de organizações financiadas pelos EUA como Sumate ou Primero Justicia. Os opositores ao governo recebem uma atenção quase diária para fazerem acusações sobre perseguições políticas, ameaças à democracia, limitações à liberdade, e problemas econômicos, semana após semana, ano após ano. Como escreveu William Robinson no seu livro sobre a desestabilização na Nicarágua, A Faustian Bargain:

“Como discos riscados, os temas da ausência de democracia na Nicarágua, repressão política, perseguição da Igreja, desastre econômico, militarização, exportação da revolução, etc, foram repetidos diariamente ao longo de uma década.”

Tudo isto, nomeadamente as acusações repetidas pelos órgãos de informação da oposição, como a RCTV, contra o governo e a responsabilização deste por todos os males resultaram numa “demonização” muito eficaz de Hugo Chávez. Para muitos venezuelanos, como para muitos cidadãos norte-americanos, a campanha dos órgãos de informação conseguiu repetir a estratégia usada na Nicarágua e “transformar [Hugo Chávez] num verdadeiro inimigo e ameaça.”

“Ataque” à liberdade de expressão

Se a principal função do jornal La Prensa na Nicarágua foi desestabilizar o governo sandinista, um modo de alcançar tal intento foi criar a imagem de que a liberdade de expressão for a reprimida sob seu governo. Embora existissem outros jornais e órgãos de informação ligados à oposição na Nicarágua, o La Prensa tentou criar a idéia de que era o “único jornal independente da Nicarágua,” apresentando-se como vítima de um governo autoritário. Como foi explicado por William Robinson:

“As actividades do La Prensa são um verdadeiro caso de estudo sobre como funciona um instrumento de guerra psicológica. Nesse papel, o La Prensa trabalhou em estreita colaboração com pessoal da embaixada dos EUA em Manágua, coordenando a sua política editorial com a estratégia norte-americana e a guerra movida pelos contras. Quando o governo sandinista tentou limitar as atividades claramente desestabilizadoras do La Prensa através de uma censura limitada, a questão foi empolada e apresentada como prova das suas ‘tendências anti-democráticas’.”

Desde o início do governo Chávez que órgãos de comunicação privados, como a RCTV, vêm acusando o governo de “reprimir” os media privados, dizendo mesmo que este estará a pagar a “grupos armados” para atacarem jornalistas. Nenhuma destas acusações foi alguma vez acompanhada de provas ou se apoiou em quaisquer fatos, mas nem por isso os órgãos de informação deixaram de produzir tais afirmações.

No entanto, a estratégia mais recente da RCTV parece incrivelmente semelhante à estratégia que foi utilizada na Nicarágua. Depois de Hugo Chávez ter anunciado, no ano passado, que não iria renovar a licença de radiodifusão da RCTV quando esta expirasse a 27 de Maio deste ano, a empresa fez todos os esforços possíveis para se apresentar como vítima de um regime “autoritário”. E, tal como sucedera com o La Prensa na Nicarágua, a RCTV queixou-se de que o governo estava a reprimir o “único órgão de informação independente” no país.

Nos meses que antecederam a data-limite de 27 de Maio, os programas noticiosos da RCTV concentraram-se naquilo que descreveram como o “encerramento” do canal televisivo e o “silenciamento da oposição.” Contudo, nunca referiram que a estação não seria encerrada, apenas deixaria de emitir em VHF na Venezuela, podendo continuar a fazê-lo por cabo.

O canal privado, juntamente com os partidos políticos da oposição (muitos dos quais são financiados indiretamente pelo Departamento de Estado norte-americano), organizou eventos públicos, marchas e protestos nas ruas que deveriam ter o seu clímax no dia 27 de Maio, após vários meses de protestos e de “resistência” ao “encerramento”. As manifestações nos dias que antecederam a data-limite foram usadas pela RCTV e por órgãos de informação internacionais para acusarem o governo de Chávez de estar a “atacar” os media “independentes” e a “reprimir a liberdade de expressão.” Protestos isolados nalguns sectores da população venezuelana foram apresentados como um movimento maciço de protesto contra um regime repressivo.

Surpreendentemente, este “movimento de protesto” não foi um fenômeno exclusivo da Venezuela. Um acontecimento muito semelhante ocorrera na Nicarágua, com o apoio da embaixada dos EUA, tendo sido usado para criar a idéia de um “movimento de protesto crescente” contra os sandinistas. Quando uma iniciativa conjunta da embaixada e oposição redundou num confronto violento entre a polícia e os manifestantes, o governo sandinista deteve grande número de pessoas e acusou a CIA de estar por detrás do incidente com o objetivo de provocar violência. O incidente foi descrito na imprensa norte-americana e internacional como “repressão” das liberdades civis e um “esmagamento sandinista”.

Alguns meses mais tarde, as acusações das autoridades sandinistas confirmaram-se, quando o Speaker da Câmara dos Representantes dos EUA, Jim Wright, afirmou que o Congresso “recebera indicações claras de pessoas ligadas à CIA de que haviam agido deliberadamente com o objetivo de provocarem uma reação desmesurada por parte do governo da Nicarágua.” O objetivo era “provocar distúrbios ou antagonizar elementos da administração [sandinista].”

Imagens de vídeo dos manifestantes na Nicarágua mostram que foram eles quem iniciou a violência, atacando a polícia, tal como parece ter sido a intenção dos participantes na manifestação de apoio à RCTV, quando atacaram uma força policial diante da Comissão Nacional para as Telecomunicações, há cerca de dois meses. Os manifestantes pró-RCTV tendem a vestir-se do mesmo modo, usando camisetas e outros apetrechos distribuídos pela RCTV e pelos partidos políticos da oposição. De acordo com as imagens de vídeo, os manifestantes na Nicarágua atuaram de modo idêntico, envergando camisas de cores claras e calças escuras.

Tudo isto faz lembrar, assustadoramente, o capítulo sobre “insurreição urbana” do manual da CIA sobre operações psicológicas na guerra de guerrilha (Psychological Operations in Guerrilla Warfare) usado pelas forças anti-sandinistas. Na secção dedicada à organização de distúrbios em ambientes urbanos, o manual aconselha os elementos insurrectos a vestirem-se de modo idêntico para melhor se identificarem e poderem colocar-se estrategicamente, antes de serem incitados a “confrontar violentamente o governo” por um “quadro” político misturado na multidão. Quando este “quadro” político conseguir criar “grande hostilidade contra o regime,” as condições estarão maduras para o derrube do governo, afirma-se no manual. Esta estratégia não só é muito semelhante à estratégia dos manifestantes pró-RCTV durante os protestos de Maio de 2007, como também recorda as tácticas seguidas pelos opositores que participaram nas marchas e foram apoiados pela RCTV durante a tentativa de golpe de abril de 2002 que derrubou temporariamente o governo de Chávez.

Um pouco mais de um mês após as emissões da RCTV terem sido finalmente interrompidas, a 27 de Maio, o canal voltou a emitir na Venezuela, desta vez por cabo e via satélite. Mas, mais uma vez, o canal provocou quase imediatamente problemas quando se recusou a seguir a legislação nacional que obriga todos os órgãos de comunicação a difundirem as mensagens de serviço público do governo, assim como o hino nacional, diariamente. Um novo conflito surgiu com o governo quando a RCTV afirmou que não precisava de seguir a legislação nacional, uma vez que era agora um canal “internacional” cuja sede fora transferida para Miami. O governo venezuelano reagiu, avisando a RCTV que se não obedecesse à legislação nacional, obrigaria os operadores de cabo a retirarem o canal do conjunto de canais disponibilizados.

Repetindo a estratégia usada pelo La Prensa para criar conflitos com o governo e depois acusá-lo de repressão quando reagisse, a RCTV utilizou a situação para iniciar uma nova campanha, clamando mais uma vez contra a “repressão” dos “órgãos de informação independentes” e um “ataque à liberdade de expressão.” Outros media privados e internacionais juntaram a sua voz a esta campanha, mas nenhum referiu o fato da liberdade de que gozavam os órgãos de informação privados para fazerem tais acusações ser prova evidente da total liberdade de expressão no país.

A julgar pelas ações e estratégia da oposição na Nicarágua, e do jornal La Prensa, financiado pela CIA, parece evidente que a RCTV está a usar a mesma táctica de desestabilização que foi usada pela CIA noutros países. Como revelam os manuais e documentos da CIA, juntamente com as informações carreadas para o livro de William Robinson A Faustian Bargain, o jornal La Prensa foi um instrumento importante na desestabilização da Nicarágua e, com a ajuda de Eladio Larez, a campanha conseguiu provocar o derrube do governo sandinista.

Na Venezuela, o objetivo da CIA é o mesmo e a RCTV parece estar a desempenhar idêntico papel. Embora até à data não existam provas documentais de que a estação está a receber financiamentos significativos da CIA, as antigas ligações de Eladio Larez à agência tornam tal eventualidade bastante provável.

* Chris Carlson é jornalista – Fonte: Diário.info

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