domingo, 29 de setembro de 2024

A ditadura do esquecimento compulsório

Imagem: Alexis B.

Por CRISTIANO ADDARIO DE ABREU*

Pobres de direita se identificam com o funk ostentação de figuras medíocres como Pablo Marçal, sonhando com o consumo conspícuo que os exclui

Contexto progressista

Na virada do século XIX para o XX os EUA viviam um profundo crescimento econômico (em 1900 ultrapassaram os britânicos como maior produtor industrial do mundo), num constante e seguro desenvolvimento industrial vindo solidamente desde a Guerra Civil (1861-1865). Tal crescimento econômico do país ocorreu sob a liderança do setor industrial, que crescia sob o escudo das maiores tarifas protecionistas do mundo de então, praticadas pelos EUA desde a Guerra Civil, com a tarifa Morrill, o Tariff Act, de 1862.[i]

Este protecionismo tarifário crônico dos EUA promoveu seu catching up industrial, junto à consolidação dos grandes monopólios produtivos da Gilded Age (termo estadunidense para o mesmo período da, e com equivalência, à Belle époque europeia), desses “anos dourados” do elitismo e da consolidação do capitalismo monopolista norte-americano (Baran-Sweezy).

Mas tal situação trazia sérios problemas sociais e políticos, pela crescente desigualdade, com uma profunda injustiça social, o que gerou um crescente questionamento público da validade dessas estruturas econômicas monopolistas por diversos grupos sociais, sendo os três principais: (i) os pequenos produtores agrícolas, aglutinados no movimento populista;[ii] (ii) os operários industriais urbanos, aglutinados no crescente sindicalismo de perfil sobretudo socialista (este o mais combativo, mas não só este sindicalismo crescia então); (iii) os setores médios regulamentacionistas/ antimonopolistas, influentes no mundo jurídico, no mundo acadêmico e na imprensa dos EUA de então.

Este quadro de crise social, com questionamentos gerais ao modelo econômico, encontrou numa obra em especial uma acachapante crítica acadêmica, econômica, social e política, na obra de 1899 de Thorstein Veblen: A teoria da classe ociosa (The theory of the leisure class). Nesta obra o autor estuda as classes mais abastadas dos EUA com o olhar de um antropólogo estudando povos originários da América, ou de ilhas isoladas do Pacífico, descrevendo analiticamente os comportamentos da elite dos EUA de forma crua, e sem julgamentos morais, mas buscando retratar cientificamente tal classe, o que resultou numa imagem final constrangedora para esta elite.

Thorstein Veblen é o economista e cientista social norte-americano mais representativo do Institucionalismo, e esta sua obra teve um impacto de longa duração na auto-imagem da elite norte-americana daquela Gilded Age, romantizada pelo ultraliberalismo econômico (que não era praticado nos EUA!), mas fortemente reprovada pelo pensamento crítico que sua obra alavancou, gerando uma forte e duradoura crítica àquela elite perdulária e ostentatória de consumos conspícuos, propiciados por uma concentração de renda e de capacidade produtiva promovidos pelo Estado, em detrimento da coletividade, da commonwealth. Mesmo os liberais consequentes criticavam a situação de então.

Tal obra foi um fortíssimo quadro crítico dessa elite, que reverberou em diversas obras artísticas, como nos filmes de Chaplin, dolorozamente poéticos sobre os paupérrimos “vagabundos” (the tramp) daquela sociedade tão rica e tão desigual. Críticas dessa situação e dessa elite, proliferaram na cultura norte-americana, sendo o personagem do tio Patinhas um icônico exemplo de crítica da cultura Pop a tal situação do capitalismo monopolista desregulamentado de então (pelo menos desregulamentado nos deveres do capital: pois nas proteções ao capital havia sim regulação, com muita proteção).

Toda essa agitação social resultou numa onda de crítica social, que culminará numa primeira onda de maior regulamentação estatal sobre os monopólios nos EUA no governo Woodrow Wilson (1912-1920), e depois desembocará no próprio New Deal de Roosevelt, que criou um capitalismo dito “civilizado”, “moderno”… pois regulamentado. Mas cujas bases regulatórias serão destruídas nas desregulamentações do neoliberalismo, a partir dos 1980, com Ronald Reagan: o que tem regredido o capitalismo central para aquele estado selvagem da Gilded Age, estudado por Thorstein Veblen.

Guerra cultural das Big Tech

Esta descrição feita sobre o impacto do trabalho acadêmico de Veblen na luta social do povo estadunidense contra as opressões de seu capitalismo monopolista, serve aqui para mostrar a força dos estudos e das pesquisas para a melhora e a evolução social, econômica e política das sociedades. Pois as dificuldades e armadilhas (jurídicas, conceituais, econômicas…) contra as classes populares são cada dia mais sofisticadas neste mundo digital, o que exige maior estudo e compreensão das forças sociais vitimadas (o Povo) neste processo. Infelizmente, no Brasil é o oposto o que ocorre hoje.

Pois para que tais trabalhos acadêmicos tenham, com o devido tempo, uma tal reverberação receptiva na sociedade, é preciso haver leitura e estudo de uma crescente parcela social. A divulgação mais popularizada, feita em filtros por divulgadores que leram as obras, é um honesto caminho de divulgação acadêmica. No séc. XX nos EUA, rádios locais, e muita imprensa popular, sindical, dispersa pelo país, além de grupos de teatro, fizeram este heroico papel. Que hoje ocorre em sites independentes na internet, mas sobretudo em plataformas divulgadoras que são monopolistas globais (estadunidenses), como o youtube (da Google), na qual os divulgadores independentes postam seus trabalhos, muitos dos quais de excelente qualidade.

Mas isso mostra a submissão generalizada e crescente da sociedade aos monopólios comunicacionais digitais, e que dificulta hoje a popularização da produção intelectual e acadêmica, como foi o ocorrido na descrita crítica social aos desmandos injustos do capitalismo estadunidense do período já aqui apontado. Hoje o quadro do Brasil é desesperador, diante do absurdo das regressões implantadas, tanto sociais (nas regressões dos direitos trabalhistas e previdenciários, enquanto a produtividade só aumenta), quanto dos direitos produtivos: com privatizações, que são a entrega de bens produtivos públicos construídos por gerações, de capital fixo, entregue para o altar de monopólios privados estruturalmente irresponsáveis de qualquer dever social/ecológico/ou tecnológico, dos ramos produtivos que se assenhoram nessas criminosas privatizações.

Contexto regressivo

Vivemos hoje no Brasil um processo histórico inverso ao que reverteu a Gilded Age dos endinheirados do capitalismo monopolista nos EUA em direção ao New Deal. Lá então as forças sociais populares conseguiram popularizar ideias e críticas ao capitalismo monopolista, e forçaram uma reforma do capitalismo. Hoje no Brasil, a internet é usada pelas classes populares de forma tiktoquiana: vídeos de no máximo cinco minutos (se muito…), apenas imagens, e tudo visto em plataformas das Big Tech monopólicas… O meio faz a mensagem, e a mensagem é sempre regressiva já na forma: simplista pela brevidade estrutural, e manipulada/direcionada pelos algoritmos das Big Tech sempre em ação…

O fato da internet ser uma biblioteca infinita de textos e imagens, filmes e livros, só ocorre na mente das pessoas que foram educadas sabendo usar uma biblioteca. Quem nunca foi educado a usar uma biblioteca usa a internet como aprendeu a ver TV: indo sempre nos mesmos links (face, whatzap, G1, R7, etc…). Logo, usa a internet não de uma forma ativa e interativa, mas da forma passiva/reativa, igual a que sempre fez vendo a TV: a TV foi a escola de deseducação do uso popular da internet.

Dito de outra forma: a absoluta maioria do povo brasileiro está usando a internet da forma mais imbecilizante, mais até do que como usou a TV. A capacidade de leitura das gerações nascidas com o celular na mão é do tempo de um tiktok: não aguentam ler três páginas.

Assim os problemas se avolumam, a realidade se complica, e a capacidade para o estudo e a compreensão da realidade dos jovens regride em direção a um analfabetismo crônico, a uma iletralidade patológica, incapaz de abstrações intelectuais que só são alcançáveis pela alavanca da leitura.

Tais pessoas submersas, e criadas, na digitalidade crônica dos vídeos rápidos não são apenas analfabetos crônicos em livros e textos: são cada vez mais incapazes e indispostos a ver um filme inteiro. Há já um crescente analfabetismo filmográfico despontando nestas novas gerações! Tais pessoas não apenas não leem livro algum, como sequer conseguem ver filmes mais!!! Assim o quadro de analfabetismo crônico é mais sério do que parece! Pois a própria narrativa, a história contata, é cada vez mais insuportável aos que são deseducados com o celular na mão, e o usam sempre na visualidade, com o teto temporal de cinco minutos (se isso!).

Isso nos leva a agoridade crônica dos nossos dias. Eis que se o analfabetismo crônico é um tema cada vez mais problematizado na atualidade por autores como Michel Desmurget,[iii] o analfabetismo filmográfico é um conceito que ouso lançar aqui, já o conceito de agoridade é retirado de João Cezar de Castro Rocha, sendo também o resultado regressivo, que já vinha do uso da televisão, feito hoje do uso ultravisualizado, rápido, sem continuidade, dos vídeos em plataformas digitais.

O passado e o futuro não existem nessa forma de uso das plataformas digitais! A construção da linearidade temporal, bem como da construção intelectual cumulativa, é cada vez mais negada e apagada nessa forma de uso da digitalidade: o presente eterno é uma ditadura do esquecimento compulsório num mundo sem história. O fim da história é uma obsessão neoliberal… Obviamente isso tem uma razão: a única saída da ratoeira neoliberal, neofascista, dessa digitalidade distópica, se faz com o estudo sistemático da história.

A crescente dificuldade de concentração e abstração, de treino na compreensão de uma construção narrativa (para não dizer de uma construção dissertativa!), tem gerado pessoas intolerantes e incapazes de ouvir, impacientes e irritadiças, incapazes de ter resiliência para o estudo, a leitura, ou para qualquer retorno prazeroso no longo prazo de dedicação (como é o estudo, a leitura, e cada vez mais até mesmo um filme!).

A agoridade é resultado deste quadro geral de impaciência induzida, preguiça intelectual totalitária, incapacidade de concentração, resultando num analfabetismo crônico: analfabetismo literário, analfabetismo digital, analfabetismo filmográfico.

Essa deseducação crônica crescente, despreparando as pessoas para o estudo, a leitura, a acumulação intelectual, e as associações temporais e causais, geraram uma crescente imbecilização coletiva, numa sociedade cada vez mais infantilizada, regressiva, mas que é confrontada cada vez mais com problemas mais complexos e aflitivos.[iv] Mas para lidar com tais problemas de complexidade crescente, a capacidade intelectual média tem rapidamente regredido em nosso Brave New World digital das redes controladas pelos algoritmos das Big Tech. Na Era da AI a maquinaria progride, plagiando nosso trabalho intelectual, e os humanos regridem numa mecanização binária digital.

A mediocridade triunfante do boçal Pablo Marçal

Resultado disso? É a vitória do grito contra a política, da canalização histérica de forças frustradas contra qualquer diálogo construtivo. Pois o objetivo dessas forças não é a melhora coletiva, ou a solução de nada, mas a imposição do que for melhor, cegamente, para a valorização do capital monopolista: passar a boiada é sempre o objetivo dessa “nova direita”, sem mesurar nenhum custo coletivo, social ou ecológico.

Podem queimar o Brasil inteiro, pode-se estimular as mortes em pandemias, podem destruir a segurança hídrica (privatização da Sabesp), pode-se destruir estruturas mínimas de segurança alimentar (como no fim dos estoques reguladores com Temer), ou ser destruída a segurança contra enchentes (como as que foram sucateadas em Porto Alegre pelo neoliberalismo: estruturas construídas desde os anos 1940 com Getúlio Vargas, e que não funcionaram por sucateamento programado do neoliberalismo…): todos os custos sociais e ambientais nada mais valem para um capital monopolista cego ao conjunto, não há Commonwealth mais, não há República, aos pilantras defensores desse neoliberalismo regressivo.

O Brasil vive um projeto capitalista inverso ao do New Deal: estamos sob uma “elite” (como ensinou FHC: o Brasil não tem elite. Ele está correto!) que segue sob o delírio neoliberal destruindo qualquer pacto civilizatório construtivo. Por isso o ódio à industrialização: só o agro é pop… (agro financiado tecnologicamente e cientificamente pela estatal Embrapa). Mas a campanha da grande mídia, e dos algoritmos das Big Tech para legitimar tais projetos destrutivos é a estrada da loucura coletiva, da auto-sabotagem celebrada, da imbecilização infantilizante, que encontra no pilantra Pablo Marçal seu representante acabado no momento agora da vez (este momento passará, mas não importa: o projeto de um maluco oportunista de plantão seguirá sendo repaginado).

O ódio à política, a criminalização da política, é um projeto do capital monopolista contra as forças civilizatórias, que já vinha da velha mídia tradicional, mas que é amplificado nos algoritmos das Big Tech: o círculo repetitivo da imbecilização binária para “resolver” todos os problemas (que sempre são cada vez mais complexos) é o esparramado nos grupos de whatzap e canais da extrema direita, alavancada pelos algoritmos escondidos das Big Tech.

Tais “respostas” simplistas e desonestas, seduzem pela simplicidade tosca, e mentirosa, pela ilusão de potência que exalam e “propõe”: botar a rota na rua, escola cívico-militar, “eu vou quebrar sua cara”, “eu me armo”, prédio de 1 km… A maioria das “soluções” são individuais, vendendo uma ilusão de empoderamento personalizado, para pessoas que sempre sofreram tais violências, e estão muito longe de qualquer poder…

Os mais humilhados e sofridos, adultos infantilizados e revoltados, são os que mais caem nessa conversa absurdamente mentirosa, dos Wisard of Oz vigaristas: cujo exemplo mais extremado do momento é o golpista condenado Pablo Marçal. Um Sr que já mente ao exibir o maior símbolo do trabalhismo varguista, a carteira de trabalho, como se a defendesse, sendo que só se alia politicamente aos maiores inimigos de toda a tradição trabalhista do Brasil.

Este Sr. foi condenado em 2010 por participar de uma quadrilha especializada em golpes digitais, mandava pornografia com vírus para roubar dados, acusado de criar sites falsos dos bancos públicos para desviar dinheiro de correntistas (sobretudo idosos): segundo a ação, o grupo enviava cobranças por inadimplência para as vítimas, manipulando mentiras e golpes para roubarem as pessoas, na maioria idosos.[v] O grupo subtraía os dados, mas as instituições financeiras restituíram os correntistas e arcaram com os prejuízos (logo: Pablo Marçal roubou o erário público). Ele foi condenado em 2010 por tais crimes, mas a condenação prescreveu, e ele não cumpriu sua pena. Pablo Marçal nesta ocasião delatou seus comparças de crime à polícia federal.[vi]

Pablo Marçal escapou desta prisão por prescrição da pena, mas a pena nuca foi revista ou retirada, segue mais confirmada do que nunca, e a Justiça eleitoral mesmo assim não derruba a legalidade desta candidatura criminosa.[vii]

Bandido, quase, confesso[viii], e debochado, sua estratégia nesta eleição é elevar a milésima potência a avacalhação da política, já antecipada pelo candidato padre de festa junina na eleição de 2022: a destruição da política, da fala séria e construtiva é o objetivo do verme Pablo Marçal. Como isso ele ganha visualizações, e monetização na internet (seu negócio…), e a eleição vira uma alavanca monetizada para seu show de horrores da internet, no qual ele lucra alimentando tudo o que há de pior no planeta.

Mas se todo este absurdo em si já não basta para a Justiça Eleitoral cassar tal candidatura, não haveria razão de ter uma Justiça Eleitoral: os partidos sérios precisam fazer uma CPI sobre a inação da Justiça Eleitoral neste caso. Pois os crimes deste Sr parecem não ter fim: a calúnia que ele perpetrou contra Guilherme Boulos, abertamente de má fé, com ele usando um homônimo do Boulos para espalhar mentira contra o candidato do Psol, é uma das provas de que tudo na candidatura do verme Pablo Marçal é de uma canalhice de quinta categoria.

Novamente: a sociedade (e a Justiça) brasileira aceitar o circo de horrores, mentiras, e crimes, dessa candidatura calhorda, será abrir a Caixa de Pandora do colapso político, será a milicianização da política no Brasil. Este ser precisa ter a candidatura cassada, assim como seus direitos políticos. Cassação que, aliás, precisa ocorrer com todos os que participaram do esgoto de 08 de janeiro de 2023: o Brasil precisa esmagar os que enxovalham a Política, e tentam matar o debate público.

Mas e o sucesso de tal pilantra Pablo Marçal, justamente, com tantos dos mais humildes? Como dizia Simone de Beauvoir: a opressão só tem sucesso pelo apoio que encontra nos oprimidos… O problema atual do Brasil é que tal apoio tem alcançado níveis assombrosos: creio que a Sra Beauvoir ficaria chocada com a absurda situação brasileira atual.

É como o escravo descrito por Machado de Assis em Memórias Póstumas, o Prudêncio, que servia de “cavalo” a Brás Cubas, sendo no começo do livro açoitado, e que no final do livro, já alforriado, adquiri ele próprio um escravo, e nele realiza torturas muito piores do ele próprio sofreu no começo[ix]: Este é o projeto de sedução aos pobres brasileiros vendido pela extrema direita digitalizada, como é personificado no Pablo Marçal.

O sucesso destes quadros desclassificados na política é o caso deste projeto do estímulo do ódio, do auto-ódio, e da imbecilidade propagada pelas Big Tech desregulamentadas: novamente, só um New deal regulatório da internet[x] pode salvar as democracias. Isso em todo o mundo: não só no Brasil.

Infelizmente, tais pobres de direita se identificam com o funk ostentação de figuras medíocres como Pablo Marçal, sonhando com o consumo conspícuo que os exclui. O Brasil atual precisa de um Thorstein Veblen, para escrever o livro A Teoria das Classes Imaginárias, para tentarmos descrever e entender o absurdo ridículo que tem sido o resultado político, de tantas pessoas, mais conectados com suas ilusões projetadas e onanismos, do que com suas realidades concretas.

*Cristiano Addario de Abreu é doutor em história econômica pela USP.

Notas

[i] CHANG, Ha-Joon. Chutando a escada: a estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica. Unesp, 2004., p. 56

[ii] POSTEL, Charles. The populist vision. Oxford University Press, 2007.

[iii] DESMURGET, Michel. Faça-os ler!: Para não criar cretinos digitais. Vestígio Editora, 2023.

[iv] MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. trad. Eliane Lisboa, v. 4, 2015.






[ix] DE ASSIS, Machado. Memórias póstumas de Brás Cubas. Ateliê Editorial, 1998.



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