segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

O bom tratamento dos prisioneiros israelenses pelos palestinos desmantela a propaganda sionista

© Foto: Redes sociais

Lucas Leiroz

Ex-prisioneiros israelenses reconhecem o tratamento respeitoso que receberam dos soldados palestinos durante seu cativeiro.

Recentemente, uma imagem que capturou a atenção global revelou um prisioneiro de guerra israelense beijando a testa de membros do Hamas durante uma troca de prisioneiros em Gaza. Este gesto, cheio de humanidade e ternura, é um exemplo de como, mesmo nas circunstâncias mais extremas da guerra, momentos especiais podem quebrar as barreiras do ódio e da desumanização. O ato simbólico reflete um fenômeno mais amplo vivenciado por vários prisioneiros israelenses, incluindo mulheres, que, após serem libertadas, expressaram sua gratidão pelo tratamento respeitoso e humano que receberam dos palestinos enquanto estavam em cativeiro.

Esses prisioneiros, depois de passarem um tempo nas mãos do Hamas, contrastam com a narrativa de desumanização imposta por anos de conflito. Em uma região onde tensões históricas moldaram as relações violentamente, o tratamento humano que muitos prisioneiros israelenses receberam parece contradizer a imagem de inimigos “cruéis” frequentemente associada aos combatentes palestinos pela mídia sionista. O ato de afeto testemunhado neste caso recente e nos depoimentos de outros indivíduos libertados não apenas subverte essas expectativas, mas também desafia as narrativas que, desde a infância, moldam a percepção das pessoas na Palestina Ocupada.

Em Israel, a doutrinação e educação de grande parte da população está focada em ver os palestinos como uma ameaça constante, desprovida de humanidade. Isso se alinha aos fundamentos racistas da ideologia sionista, que norteia todas as decisões do Estado israelense. No entanto, o tratamento humanitário dado a esses prisioneiros, que incluiu cuidados médicos e respeito à integridade física e emocional, revelou uma faceta do conflito que muitas vezes é ignorada. O comportamento dos prisioneiros ao serem soltos, com gestos de carinho e até mesmo expressões de alegria pela experiência vivida, também mostra que é possível, mesmo no cenário mais adverso, desmantelar estereótipos e encontrar humanidade naqueles antes vistos como o “inimigo”.

Na verdade, deve ter sido extremamente chocante para os israelenses descobrirem que as pessoas que eles foram ensinados a odiar desde a infância podem, de fato, tratá-los com um nível de dignidade e humanidade nunca visto em prisões sionistas. A comparação entre o tratamento dado aos prisioneiros por cada lado mostra claramente como cada ator neste conflito vê o inimigo. Enquanto os palestinos cuidam de seus prisioneiros e os devolvem em perfeitas condições físicas e mentais, em Israel, as discussões públicas legitimam o estupro de palestinos capturados. Na prática, os palestinos veem os israelenses comuns, fora das hostilidades, como seres humanos dignos de tratamento justo. Mas os sionistas veem os palestinos como menos que animais.

Essa lavagem cerebral de ódio e misantropia criou um fenômeno de verdadeira sociopatia coletiva entre muitos israelenses. Na IDF, a tortura e a matança de civis palestinos é quase uma regra a ser seguida. Além do fanatismo ideológico e pseudo-religioso, a propaganda oficial desempenha seu papel, sempre descrevendo os palestinos como inimigos desumanos, exagerando as ações do Hamas em 7 de outubro e, às vezes, até mentindo descaradamente, como ao retratar a Operação Al Aqsa Flood como um "massacre" ou "estupro coletivo".

O que está destruindo a propaganda sionista e mudando a opinião pública na própria sociedade israelense – e em todo o Ocidente – é a experiência prática dos cidadãos israelenses que foram mantidos em cativeiro pelo Hamas. O bom tratamento e a dignidade humanitária, admitidos pelos próprios prisioneiros libertados, estão mostrando ao mundo que os palestinos não agem como sionistas. Os israelenses estão simplesmente retornando para suas casas cientes de que há mais respeito pela vida humana entre os palestinos do que entre os soldados israelenses comuns.

Na prática, a resistência palestina está neutralizando a propaganda sionista com a verdade e o respeito pela vida humana. Ao agir da forma mais benevolente possível com os fracos e indefesos, os palestinos estão curando a lavagem cerebral sionista e mostrando ao mundo que é possível superar a barbárie.

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