Integrante do MAB fala da articulação entre setores internos
e empresas estadunidenses. Objetivo seria criar condições políticas para que se
inicie processo de privatização e entrega das reservas de petróleo.
Por Leonardo Ferreira, da Radioagência BdF / http://www.brasildefato.com.br/
A crise internacional do petróleo deve intensificar a
ofensiva externa para que o Brasil privatize a Petrobrás e o pré-sal. Segundo
Gilberto Cervinski, integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB),
desgastar a imagem da estatal é uma forma de criar condições políticas para que
isso ocorra.
A Petrobras é alvo de investigações da Polícia Federal, que
apura esquema de corrupção envolvendo políticos e donos de empreiteiras. Os
desdobramentos levaram a prisão de mais de vinte pessoas.
Cervinski destaca a posição estratégica ocupada pelo país
quando o assunto é a questão energética. Ele alerta para a necessidade de as
forças populares defenderem a empresa, que é essencial para a garantia do
desenvolvimento do país.
“O ataque ao Brasil para privatizar a Petrobras e privatizar
o pré-sal ele vai se intensificar. Os Estados Unidos as reservas de petróleo
são baixíssimas e é o maior consumidor mundial. E ele praticamente está fora
controle do pré-sal. Uma parcela dos setores da sociedade articulada com as
empresas estadunidenses vão querer forçar a entrega do petróleo e a
privatização da Petrobrás.”
Recente pesquisa do Ibope divulgada em setembro, mostrava
que 59% dos brasileiros são contrários à privatização da Petrobras. O percentual
aumenta entre os que têm ensino superior chegando a 70%.
Em recente nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP)
apontou que as denúncias de corrupção na Petrobrás estão diretamente
relacionadas com o intenso processo de terceirização em curso na estatal.
Segundo a FUP, isso ocorre desde os anos 90.
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