Os senadores golpistas baixaram a bola.
Eles não esperavam que Dilma fosse ao Senado fazer a própria defesa, encará-los e desafiá-los a provar que ela cometera crime de responsabilidade.
Talvez pensaram que seria uma sessão sobre a qual teriam domínio, como de costume, mas não foi bem assim.
O discurso de Dilma foi tão forte e esclarecedor sobre as tramas e conspirações que levaram ao golpe que os fez calar.
Os senadores saíram pela retórica, coisa que eles estão acostumados a fazer, mas, num julgamento apenas a retórica não vale.
A defesa dela foi impecável. Senadoras e senadores como Ana Amélia, Aloysio Nunes, Aécio Neves, Cássio Cunha Lima e outros desceram da tribuna de rabo entre as pernas.
O Brasil conheceu hoje, mais uma vez, a coragem e a dignidade de Dilma, que enfrentou na vida dois tribunais injustos: o da ditadura militar e o do golpe parlamentar, no Senado. Os dois por lutar pela democracia e pela justiça.
Ela sairá do julgamento de espírito elevado, o Senado completamente desmoralizado, rebaixado, e exposto ao Brasil e ao mundo como uma instituição dominada por um bando de ratos.
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