O caso do juiz Sérgio Moro é enigmático. Além de todas as confusões que Sérgio Moro aprontou no processo contra Lula, inclusive reconhecendo que não há ligação entre a corrupção da Petrobras e as acusações contra o ex-presidente, o que inviabiliza a sua própria competência para julgá-lo, Moro também foi contra um projeto de lei que punia juízes que interpretassem a lei à revelia do que está escrito. Moro foi contra e defendeu interpretação do juiz acima da lei.
Recentemente, 122 juristas escreveram livros sobre os erros de Moro na condenação sobre Lula. Em outro caso, um erro de Moro destruiu a vida de um executivo. Em outro erro, pessoas foram presas inocentemente.
Mas na última segunda-feira, 26, ele se superou. Ele cometeu erros primários de português. Muitos brasileiros até podem cometer esses erros. Não há problema algum. Mas é difícil (impossível?) de acreditar que um juiz , que teria estudado anos a fio para passar em um concurso, cometesse um deslize primário sobre o verbo haver.
Não fosse isso, o professor de física, Marcos César Danhoni Neves, que tem mais de 30 anos de docência em universidade do Paraná também já levantou suspeitas sobre a agilidade com que o juiz Sérgio Moro conseguiu alguns títulos acadêmicos.
“Moro tem um currículo péssimo: uma página no sistema Lattes (do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico ligado ao extinto MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia). Lista somente 4 livros e 5 artigos publicados. Mesmo sua formação acadêmica é estranha: mestrado e doutorado obtidos em três anos. Isso precisaria ser investigado, pois a formação mínima regulada pela CAPES-MEC (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Ministério da Educação) é de 24 meses para Mestrado e 48 meses para o Doutorado. Significa que “algo” ocorreu nessa formação apressada.. Que “algo” é esse, é necessário apurar com rigor jurídico”, escreveu Danhoni Neves em artigo.
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