
Nonato Menezes
Em época de Fake News, o que flui em torno da “grande mídia” e do atual presidente da República, das duas uma, ou é falso ou tudo não passa de mais um ato do teatro que anima a plateia ignara. Assim, enquanto os tambores da hipocrisia rufam, a “boiada passa”, na expressão latejante de um certo ministro de estado.
A minha dúvida e a farsa plantada e regada ao gosto dos criminosos de sempre, reside nos fatos quentes da nossa História recente, entre eles o da criatura Bolsonaro como presidente da República, cuja paternidade prescinde de provas e contraprovas, inclusive daquelas produzidas por exames de DNA.
Toda essa farsa, entre criatura e criador, é necessária para animar o circo, enquanto o que “importa” corre às escondidas, na medida exata das exigências dos que ostentam riqueza e prepotência em meio a pobreza e a desorganização social endêmica.
Séculos a fio e sem surpresas, esse momento apenas repete o jeito de caminhar das nossas “elites do atraso”.
No último ato desse teatro patético, Bolsonaro, ao seu etilo quando “sai da jaula”, “ameaçou um jornalista da Globo – justamente da Globo – “com porradas”. A mesma Globo que vive dando porradas, à sua maneira e com métodos próprios, não em jornalistas, nem nos que roubam o país noite e dia, mas naqueles que ousaram e ousam espiar e contestar suas práticas lesivas aos interesses da Nação.
Curioso é que Globo e Bolsonaro, como principais estrelas no picadeiro, não são criticados pelos crimes recentes que cometeram; justamente os que ajudaram a jogar o País no precipício.
O alarido, inclusive de muitos progressistas, ecoou na defesa do direito do jornalista a fazer qualquer pergunta a quem quer que seja. Reivindicação legítima, pois é parte da necessária liberdade de expressão em geral e de imprensa, em particular.
O que não está sendo dito é que no picadeiro estão o criador e a criatura, numa “disputa” que revela sutil arrumação de novos shows. Provavelmente para alimentar o debate em torno da liberdade de expressão e de imprensa, desde que seja relevado o direito de um idiota se manifestar, estando ou não como presidente da República.
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