São Paulo não merece um governante da pequena estatura de Geraldo
Alckmin. Não adianta os detratores do estado argumentarem que ambos se merecem.
Definitivamente não se merecem.
São Paulo é a cidade dos movimentos de saúde mental, a cidade que abriga
brasileiros e estrangeiros de todos os lugares, a cidade de movimentos e
organizações sociais relevantes, de grupos de opinião modernos, o estado que
abriga as melhores consultorias, universidades, institutos de pesquisa, as
maiores e melhores empresas, a melhor estrutura de cidades médias, as mais
amplas estruturas sindicais, da Fiesp-Ciesp, Fecomercio à CUT.
Se o potencial de São Paulo estivesse sob o comando de um Antonio
Anastasia, Eduardo Campos, Ciro Gomes, até de um Sérgio Cabral, de um
Fernando Haddad, mudar-se-ia o país a partir daqui.
Mas Alckmin pertence a um outro mundo paulista, provinciano,
desinformado, atrasado. É filho direto da ignorância e do preconceito. Não se
trata apenas de um conservador: seu caso é de ignorância crassa sobre avanços
sociais mínimos.
Alckmin não entendeu que o movimento de recuperação da Cracolândia
tornou-se suprapartidário; que os gestos de paz trouxeram à tona o melhor do
paulistano: a generosidade que abriga brasileiros de todos os lugares,
sobrepondo-se ao preconceito ainda existente. O pacto entre prefeitura e
governo do Estado enobrecia a ambos.
Ontem, quando se anunciou que ele receberia as lideranças do Movimento
dos Sem Teto, julgou-se que uma réstia de informação havia penetrado em sua
couraça. Poderia emergir dali um novo perfil de governante, aquele que
finalmente acordou para os novos tempos.
Ledo engano
A ação irresponsável de Alckmin não atingiu apenas o prefeito Fernando
Haddad. Foi um tiro no estômago dos que ainda apostam que São Paulo é
humano.
Alckmin insiste em comprovar que aqui é o túmulo da política.
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