Setores conservadores preparam uma nova Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
O clima anterior ao golpe de 1964 se repete como farsa.
As razões e os atores são os mesmos: medo do comunismo, suposta cubanização do país, combate à corrupção, mídia, parte da classe média manipulada, setores militares e fanáticos de extrema-direita oportunistas e radicais.
Os culpados por esse tipo de radicalização ideológica farsante são lacerdinhas como Lobão, Rodrigo Constantino, Reinaldo Azevedo, Olavo de Carvalho, Merval Pereira, Demétrio Magnoli, Veja, O Globo, o quebrado O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Época e outros veículos menores. A tragédia se repete como comédia. Agora, só faz rir.
Um riso que não deixa de arrepiar.
A principal farsa dos novos golpistas é dizer que nunca houve tanta corrupção como atualmente.
Besteira. Há muita corrupção e ela deve ser combatida duramente. Mas o buraco é noutro lugar.
Corrupção?
É o que a direita sempre diz quando tem um pouco de esquerda no poder. Nesses casos, a direita torna-se honesta e faz crer que nos seus séculos de poder reinaram a transparência, a lisura, a honestidade e os valores republicanos.
O argumento da corrupção é um artifício para dissimular o verdadeiro problema, que é ideológico. A direita não combate a corrupção dos governos petistas, pois encontra o equivalente nos governos tucanos e outros. Combate é a política social de Lula e Dilma. A nova marcha será contra o Bolsa-Família, o ProUni, as cotas, o Minha Casa Minha Vida, as novas liberdades comportamentais, o afrouxamento da cultura repressiva e discriminatória a gays e outras minorias.
Nunca a ideologia esteve tão viva.
As marchas de 1964 voltam como quadros do Pânico na TV.
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