segunda-feira, 14 de setembro de 2015

ATÉ CONSPIRAR PODE

Nonato Menezes - Há momentos em que a sensação é de o Brasil ser a verdadeira “casa da Mãe Joana”. Um continente de esculhambação. Porque, a depender de quem seja, da linhagem que representa, tudo pode. Faz-se como quer, quando deseja e ninguém importuna. É o paraíso da pilantragem para muitos.

Falar mal do Brasil e de nossa gente no exterior virou prática esportiva.  Nenhuma moção de repúdio acontece e muitos até aplaudem.

Mandar dinheiro para os paraísos fiscais, cujos benefícios são, na absoluta maioria dos casos, sonegação de impostos e o usufruto dos hotéis cinco estrela, deve gerar disputa nos coquetéis dos endinheirados. Fora isso, dependendo do “paraíso”, as praias limpas e paradisíacas compõem o cardápio da pilantragem. E de tão promissor é esse “pulo do gato” que falta apenas alguém do Legislativo apresentar um projeto que garanta, de vez, sua legalização. O que impede? Pudor? Ah!

Prega-se golpe de Estado às claras como se fosse manifestação mais natural do mundo. Ameaçam autoridades, agridem pessoas por motivação política, jogam bombas nas instituições que são contrárias às suas ideias, vendem desgraça e pregam linchamento na mídia – parte dela, concessão do Estado – protegidos pelo cínico argumento “liberdade de expressão”. E os “órgãos de segurança” estão apenas a contemplar esse rastilho de ódio.

Defende-se a entrega das riquezas nacionais às corporações estrangeiras, inclusive com projetos no Parlamento, sob a complacência da maioria daqueles que têm obrigação de defender nossa soberania e nossos interesses.

Violar a Constituição, O Código de Ética da Magistratura, consubstanciado na Resolução 60, de 2008, do Conselho Nacional de Justiça, a Lei Complementar nº 35, de 1979 e o Código de Processo Civil com ações despudoradas, não vai além de tática de desestabilização do Regime Democrático, com apreço de parte considerável da população.

Há quem diga que a História serve para nos ensinar ou para evitar os erros que o passado nos logrou. Será?

Um presente da nossa História
De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.Rui Barbosa.

A desonra do presente
 - “Não tenho prova cabal contra Dirceu – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite. Rosa Weber, Ministra da Suprema Corte.

“Nós, brasileiros, precisamos assumir a ousadia que os canalhas têm”. Carmem Lúcia, Ministra da Suprema Corte. 

- “Vossa Excelência não está falando com seus capangas do Mato Grosso, Ministro Gilmar.” Ministro Joaquim Barbosa, dirigindo-se ao então Presente da Suprema Corte.

Para encurtar a prosa, um cavaco de conspiração.

“Os jornalistas Diogo Mainardi, da revista Veja, e Merval Pereira, do jornal O Globo, foram informantes do cônsul dos Estados Unidos durante as eleições de 2010. Ambos ajudaram o governo norte-americano a atuar no processo eleitoral brasileiro para eleger o candidato pró-imperialista José Serra (PSDB).”

“Documentos mais antigos divulgados pelo portal (wikileaks) revelaram que o jornalista William Waak, apresentador do “Jornal da Globo”, também foi informante do governo norte-americano. Além do nome do jornalista são citados nos documentos o diretor de redação da revista Época, Helio Gurovitz, e os jornais Valor Econômico e O Globo, a respeito das reportagens sobre as eleições presidenciais de 2010.”


Como construir um País com brasileiros desse nível?

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