De acordo com um estudo
realizado pela Universidade de Zurich, após ter analisado 43.060 monopólios,
1.318 monopólios formam o coração da economia capitalista e 147 deles controlam
40% da riqueza mundial. Os 20 monopólios mais poderosos são bancos.
As 80 pessoas mais
ricas do mundo, apresentadas no estudo ou na Revista Forbes, até são ricas e
poderosas, mas quem realmente domina o mundo são aproximadamente 150 famílias,
que, apesar de se manterem fora dos holofotes da propaganda, controlam a economia
mundial por meio de uma série de mecanismos.
De acordo com a
organização britânica Oxfam, com base num estudo realizado pelo Crédit Suisse e
a lista anual da Forbes sobre bilionários, desde 2009, a riqueza de 80 pessoas
dobrou, enquanto a “riqueza” dos 3,6 bilhões de pessoas mais pobres do planeta
caiu.
Em 2009, a fortuna de
388 bilionários correspondia à metade da renda mundial. Em 2016, a riqueza do
1% mais rico da população será igual ao dos 99% restantes da população mundial.
Os 35 norte-americanos mais ricos acumulam uma fortuna de quase um trilhão de
dólares. No Brasil, entre as 15 famílias mais ricas se encontram a família
Marinho ,das organizações Globo, e as famílias ligadas aos bancos Safra, Itaú e
Bradesco, o grupo Votorantin, as empreiteiras Camargo Corrêa e Odebrecht, e o
Grupo Abril.
IMPERIALISMO: A FUSÃO
DO CAPITAL INDUSTRIAL COM O CAPITAL FINANCEIRO
Vladimir I. Lenin, o
líder da Revolução Russa de 1917, no célebre livro “Imperialismo Etapa Superior
do Capitalismo” definiu o imperialismo como a fusão entre o capital industrial
e o capital financeiro.
O Bank of America, o JP
Morgan Chase, o Citigroup e o Wells Fargo, junto com o alemão Deutsche Bank, o
francês BNP, o inglês Barclays e outros monopólios europeus, são proprietários
das quatro maiores petrolíferas, a Exxon Mobil, a Royal holandesa Shell, a BP
Amoco e a Chevron Texaco.
Apenas dez grandes
bancos controlam as doze agências da Fed (Reserva Federal) dos Estados Unidos:
o NM Rothschild de Londres, o Rothschild Bank de Berlim, o Warburg Banco de
Hamburgo e o Warburg Banco de Amsterdã, o Lehman Brothers de Nova Iorque, o
Lazard Brothers de Paris, o Kuhn Loeb Banco de Nova Iorque, o Israel Moises
Seif Banco da Itália, o Goldman Sachs de Nova York e o Banco JP Morgan Chase de
Nova York. A maior parte do controle se encontra nas mãos das famílias
Rockefeller e Warburg, por meio de figurões como William Rockefeller, Paul
Warburg Jacob Schiff e James Stillman Rockefeller.
A agência mais poderosa
da Reserva Federal, a Fed de Nova Iorque, é controlada em 80% por oito
famílias, quatro das quais são norte-americanas: Goldman Sachs, Rockefeller,
Lehman Loebs Kuhn de Nova Iorque, os Rothschilds de Paris e Londres, Warburg de
Hamburgo, Lazards de Paris, e os israelenses Moises Seifs, que têm base na cidade
de Roma.
Os grandes grupos de
especuladores, que dominam o mundo capitalista e controlam as principais
alavancas do estado burguês, têm se integrado em um processo que começou com a
criação da Reserva Federal em 1913 com a fusão do poder de oito famílias
(Rockefeller, Rothschild, Wanburg, Morgan, Astor, Dupont, Guggenheim,
Vanderbilt).
O CONTROLE DO BIS (Bank
for International Settlement)
O BIS (Bank for
International Settlement) funciona como uma espécie de banco central mundial e
é controlado pelos principais grupos de especuladores financeiros. O BIS é
propriedade da Reserva Federal dos Estados Unidos, do Banco da Inglaterra, do
Banco da Itália, do Banco do Canadá, do Banco Nacional da Suíça, do Banco
Nacional da Holanda, do Bundesbank (banco central da Alemanha) e do Banco da
França.
O primeiro presidente
do BIS foi um banqueiro a serviço de Rockefeller, funcionário do Chase
Manhattan e da Reserva Federal, McGarrah Gates. McGarrah foi o avô do
ex-diretor da CIA, Richard Helms.
No histórico do BIS,
aparece o financiamento recorrente das Oito Famílias, o financiamento de Adolf
Hitler, quando era dirigido por J. Henrique Schroeder e Mendelsohn Warburg do
Banco de Amsterdã, e um empréstimo feito ao governo da Hungria em 1990, para
garantir a privatização da economia daquele país. A imprensa burguesa tem
divulgado algumas denuncias sobre o envolvimento com a lavagem de dinheiro
proveniente do tráfego de drogas.
Durante a reunião de
Bretton Woods esses grandes grupos de especuladores impulsionaram a criação do FMI
(Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial. Em 1944, os primeiros
títulos do Banco Mundial foram acolhidos pela Morgan Stanley e pelo First
Boston. O BIS mantém pelo menos 10% das reservas monetárias desses organismos e
de, pelo menos, 80 bancos centrais do mundo.
Outras instituições que
as Oito Famílias controlam são o Fórum Econômico Mundial, a Conferência
Monetária Internacional e a Organização Mundial do Comércio.
A CONSOLIDAÇÃO DO PODER
DA FAMÍLIA MORGAN
A família Morgan fundou
a Universidade Drexel na Filadélfia e financiou o lançamento de vários
monopólios, como a AT&T, a General Motors, a General Electric, a DuPont e o
Banco Rothschild e Baring com sede em Londres. Em 1890, os Morgan fizeram
empréstimos ao banco central do Egito, financiaram a construção das ferrovias
russas, as dívidas dos governos estaduais brasileiros projetos de obras
públicas na Argentina.
Em 1879, a família
Morgan financiou a Ferrovia Central de New York que foi usada para transportar
o petróleo da Standard Oil, as duas de propriedade da família Rockefeller,
estreitando assim a relação entre as duas famílias, e monopolizando o
transporte ferroviário e a produção de petróleo. As famílias Lehman, Goldman
Sachs e Lazard se juntaram às duas com o objetivo de monopolizar o controle da
base industrial dos Estados Unidos.
A Casa de Morgan, da
família Morgan, juntamente com a Casa de Rothschid, da família Rothschild,
controlou a venda dos títulos do Tesouro norte-americano entre 1895 a 1896. Em
1893, em plena crise capitalista, aumentaram o controle sobre o governo quando
injetaram US$ 62 milhões em ouro no Tesouro para evitar uma corrida bancária.
Em 1895, os Morgan controlavam o fluxo de ouro dentro e fora dos Estados
Unidos.
A primeira grande onda
de concentração de capitais nos Estados Unidos foi promovida por essas
famílias. Em 1897, ocorreram sessenta e nove fusões industriais, e, em 1899,
foram 1.200. Em 1904, John Moody (fundador da Moody’s Investor Services) já
dizia que era impossível falar dos interesses de Rockefeller e dos interesses
de Morgan separadamente.
A Standard Oil de
Rockefeller, a U.S. Steel de Andrew Carnegie e as ferrovias do Edward Harriman
foram financiados pelo banqueiro Jacob Schiff, de Kuhn Loeb, que mantinha
estreita colaboração com os Rothschilds na Europa.
A entrada dos Estados
Unidos na Primeira Guerra Mundial, assim como 50% dos gastos totais, foi
financiada pela família Morgan. Jack Morgan filho e sucessor de J. Pierpont,
financiou os Morgan da Remington e da Winchester para aumentar a produção de
armas. Muito antes do início da Guerra, a empresa francesa de Rothschild Freres
contactou a Morgan & Company em Nova York solicitando um empréstimo de US$
100 milhões, para possibilitar o pagamento de parte das compras francesas de
produtos norte-americanos. Os principais empreiteiros, a General Electric,
DuPont, US Steel, Kennecott e Asarco, eram clientes importantes da Casa Morgan.
A família Morgan também
financiou a guerra da Grã-Bretanha contra os Boers, na África do Sul, e a
Guerra Franco-Prussiana. A Conferência de Paz de Paris de 1919 foi controlada
pela família Morgan, que liderou o financiamento para a reconstrução da
Alemanha e os demais países europeus.
Uma investigação feita
pelo Congresso dos Estados Unidos, em 1936, presidida pelo senador Gerald Nye
(do Partido Democrata), revelou que os Morgan levaram os Estados Unidos a
participar na Primeira Guerra Mundial com o objetivo de proteger o crédito, os
empréstimos e impulsionar a criação da indústria de armas, o chamado complexo
militar industrial.
A família Morgan sempre
manteve relações próximas com as famílias Iwasaki e Dan, as duas famílias mais
ricas do Japão, que são donos dos grupos Mitsubishi e Mitsui, assim como com
Benito Mussolini, o chefe do governo fascista italiano.
A CONSOLIDAÇÃO DO PODER
DA FAMÍLIA ROCKEFELLER
O monopólio do petróleo
pelos Rockefeller foi financiado pela famílias Kuhn e Rothschild por meio de
empréstimos concedidos pelo National City Bank de Cleveland. Este banco era um
dos três de propriedade da família Rothschild, nos Estados Unidos, durante a
década de 1870, quando se ligou com Rockefeller na Standard Oil de Nova York.
Na década de 1920, a
família Rockefeller usou os recursos obtidos do petróleo para comprar a
Equitable Trust, que tinha engolido outros grandes bancos e corporações. A
Grande Depressão de 1929 ajudou a consolidar o poder. O Banco Chase Manhattan,
propriedade da família Rockefeller, fundiu-se com o Kuhn Loeb Bank, que, no ano
2000, se fundiu com o JP Morgan, dando lugar ao JP Morgan Chase.
Entre os fundadores do
Citigroup estão Edward Harkness, um alto executivo da Standard Oil, cuja
família chegou a controlar o Chemical Bank, e James Stillman, cuja família
controla o Manufacturers Hanover Trust. Duas das filhas de James Stillman
casaram com dois dos filhos de William Rockefeller. As duas famílias controlam
o Citigroup.
No negócio de seguros,
a família Rockefeller controla a Metropolitan Life, a Equitable Life, a
Prudential e a New York Life.
Os bancos de
Rockefeller controlam 25% dos ativos dos 50 maiores bancos comerciais dos
Estados Unidos e 30% dos ativos das 50 maiores empresas de seguros. Entre as
principais empresas controladas pela família Rockefeller estão a Exxon Mobil, a
Chevron Texaco, a BP Amoco, a Marathon Oil, a Freeport McMoran, a Quaker Oats,
a Asarco, a United, a Delta, a Northwest, a ITT, a International Harvester, a
Xerox, a Boeing, a Westinghouse, a Monsanto, a Hewlett-Packard, a Honeywell, a
International Paper, a Pfizer, a Motorola, a Monsanto, a Union Carbide e a
General Foods.
Através de várias
fundações, a família Rockefeller tem procurado criar uma camada de intelectuais
pró-imperialistas e influenciar programas e políticas públicas no mundo todo: a
Fundação Rockefeller, que tem estreitos laços financeiros com as Fundações Ford
e Carnegie, a Rockefeller Brothers Fund, o Instituto Rockefeller de Pesquisa
Médica, o Conselho Geral da Educação, a Universidade Rockefeller e a
Universidade de Chicago, de onde surgiram os papas do chamado “neoliberalismo”
como o tristemente célebre Milton Friedman.
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