quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Alguém viu o secretário de Educação do DF por aí?

               Nonato Menezes

Haja discrição! E precisa tanto?

Em números o Ensino Público do Distrito Federal é uma enormidade. São mais de vinte mil professores em atividade. O número de matrículas, ainda que venha diminuindo, apesar da população em crescimento, ultrapassa os quatrocentos mil neste ano.

Problemas não faltam. 

Quase toda semana tem aposentadoria de professor, publicada no Diário Oficial. As contratações, tirando as de contrato precário, nem boato. Concurso para suprir essas carências, continua apenas como necessidade. E até onde sei, falta professor à bessa.
Readaptação, também, é uma constante. E discussão sobre este sério problema, que já é antigo, nem aqui, nem nos anéis de Saturno. Ou este assunto “não vem ao caso”?

Sobre o desempenho escolar, nada. É como se estivéssemos no paraíso. 

Não fosse o IDEB e a Rede Globo golpista, sequer teríamos notícias tolas, nem enviesadas sobre aprovados, reprovados ou a respeito de temas afins.

O atual governador, ligeirinho que só ele é, continua a dizer que não tem dinheiro, que não tem dinheiro e, do jeito que a vaca anda, até o pagamento das férias ficará comprometido. Isso, porque, o décimo terceiro já circula na roda viva dos atrasados na eficiente administração Rollemberg.

Precatórios, RPV e Licença Prêmio, esqueçam! É tudo miragem.

E alguém tem visto o secretário de Educação por aí?

Com quase dois anos na função, ainda não fez sequer uma reunião com os Diretores de Escola. Mesmo sendo mais de seiscentos. Com um bom trabalho, quase certa eleição para a Câmara Distrital. 

Mesmo um encontro só que seja para ajudar na manobra articulada por alguns diretores sobre alteração na Lei de Gestão foi feito. Aquele encontro necessário para atender ao casuísmo de muitos sobre o artigo da Lei que viria a permitir reeleição, da reeleição e outra eleição, até o momento em que alguns gestores e gestoras fossem retirados da direção escolar por força da aposentadoria compulsória.

Mas nem tudo está perdido. 

Como acompanho a publicação do Diário Oficial, percebo que o secretário de Educação não é assim tão displicente com seus afazeres. 

Ele manda publicar, quase diariamente, andamento de processo sindicante e credenciamento de escola privada. São as atividades recorrentes, desde que assumiu o posto.

E como são muitas publicações, não se pode dizer que o nobre secretário não trabalha ou trabalha pouco.

E seria um erro e injusto especular que por não se misturar com estudantes, professores e diretores, o secretário estivesse viajando com frequência à Disney World ou às praias ensolaradas do meu querido Nordeste. Nem pensar sobre tamanha desfaçatez, a não ser em períodos de férias, recesso ou outro qualquer, à la vonté.

Mas alguém notou a presença do secretário de Educação do Distrito Federal em eventos ou discursões sobre o nosso Ensino Público por aí?

Informações pelo disque-denúncia, afixado nas salas de aula, conforme a Lei nº 5.699, de 23 de agosto de 2016.

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