sexta-feira, 18 de novembro de 2016

A idade média e as prisões de Garotinho e Cabral, por Washington Quaquá

“Era na idade média um programão das famílias ir ver alguém ser queimado vivo na fogueira ou guilhotinado em praça pública”

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Jornal GGN - No artigo a seguir, compartilhado nas redes sociais, o prefeito de Maricá e presidente estadual do PT do Rio de Janeiro, Washington Quaquá, analisa as prisões espetaculares dos ex-governadores do estado Sérgio Cabral e Anthony Garotinho, criticando tanto a ação do poder judiciário quanto da cobertura da mídia. 

"Em um país democrático, onde se respeita a lei e os direitos e garantias do cidadão, ninguém pode ser preso sem que o processo seja concluído. Ele [Cabral] teria que ser preso ao final do processo, depois de vistas as provas e de ter seu direito a defesa garantido. Esse linchamento público realizado pela mídia com ações de justiçamento da justiça estão levando o Brasil há um processo de degradação ética e social nunca vista. Não se sabe onde isso vai parar". 

Quaquá reforça que sempre foi adversário dos dois políticos, entretanto, seu posicionamento divergente não significa que seja contrário a democracia e respeito às garantias constitucionais, atentando para a necessidade de racionalizar o momento político para que a sociedade não volte a cometer mais uma vez erros historicamente recorrentes. 


"Jesus foi condenado em Praça Pública com apoio do povo. Tiradentes enforcado e esquartejado num dia de sol com apoio popular. Era na idade média um programão das famílias ir ver alguém ser queimado vivo na fogueira ou guilhotinado em praça pública". 

A IDADE MÉDIA CHEGOU

Por Washington Quaquá, via Facebook 

Vamos assistir uma decapitação em praça pública?

Tenho visto abismado as manifestações ouriçadas e entusiasmadas de muitos, mas muitos mesmo, com a prisão de Garotinho e Cabral. Os dois são meus adversários. Mas não entro na fila da comemoração...

No caso do Garotinho, no que pese as divergências com ele e os problemas que possa ter, me parece de fato um caso contestável já que o delegado fazia abertamente campanha contra ele nas eleições municipais.

Em relação a Cabral, Embora seja provável que ele tenha culpa, sendo provável uma prisão ao final do processo. Também é fato a forma deslumbrada que ele passou a viver, como num clube de Paris... Em um país democrático, onde se respeita a lei e os direitos e garantias do cidadão, ninguém pode ser preso sem que o processo seja concluído. Ele teria que ser preso ao final do processo, depois de vistas as provas e de ter seu direito a defesa garantido.

Esse linchamento público realizado pela mídia com ações de justiçamento da justiça estão levando o Brasil há um processo de degradação ética e social nunca vista. Não se sabe onde isso vai parar. 

Sou adversário de Cabral e de Garotinho, mas sou mais favorável a democracia e ao respeito às garantias da cidadania. O vale tudo e o linchamento já levaram sociedades ao nazismo e ao fascismo, com amplo apoio do povo. Primeiro foram judeus, depois ciganos, mais tarde homossexuais até que todos que discordassem do Füher...

Jesus foi condenado em Praça Pública com apoio do povo. Tiradentes enforcado e esquartejado num dia de sol com apoio popular. Era na idade média um programão das famílias ir ver alguém ser queimado vivo na fogueira ou guilhotinado em praça pública. Os tempos sombrios estão de volta. Tudo com fotos e vídeos publicados nas redes sociais ou ao vivo pela rede globo...

Um Brasil mais justo e melhor para seu povo estava sendo criado. De uma hora para outra uma casta de juízes, promotores, delegados, todos com vidas boníssimas e altíssimos salários, catapultados pela rede globo de Televisão, junto com um congresso Golpista e sem qualquer reputação transformaram o Brasil numa Líbia ou numa Síria..

Agora os americanos podem levar nosso petróleo na boa. Os imbecís dos brasileiros nem vão notar porque estão no Coliseu assistindo mais um leão devorar mais outro cristão.

A vida segue... Ou seria a morte?
Washington Quaquá
Prefeito de Maricá e Presidente Estadual do PT-RJ

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