segunda-feira, 17 de abril de 2017

FORTES: APÓS CONFISSÃO, SÓ UM JUDICIÁRIO BURRO OU CÍNICO NÃO CASSA TEMER

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"Um presidente burro (ou cínico, fico com a primeira hipótese) o suficiente para confessar, na tevê, o golpe de Estado do qual fez parte, só permanece onde está se houver um Legislativo e um Judiciário dominados por gente do mesmo nível", disse o jornalista Leandro Fortes, sobre a entrevista de Michel Temer à Band em que ele admite que a presidente deposta Dilma Rousseff foi vítima de um golpe parlamentar por não ter cedido chantagem do então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) 

247 - O jornalista Leandro Fortes afirmou que a confissão de Michel Temer na entrevista à Band News, de que a presidente deposta Dilma Rousseff foi vítima de um golpe parlamentar por não ter cedido chantagem do então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) (leia aqui), não resulta na cassação do seu mandato apenas se o Judiciário for aliado. 

"JE M'ACCUSE!

Um presidente burro (ou cínico, fico com a primeira hipótese) o suficiente para confessar, na tevê, o golpe de Estado do qual fez parte, só permanece onde está se houver um Legislativo e um Judiciário dominados por gente do mesmo nível", disse Fortes em sua página no Facebook. 

Com frieza e demonstrando tranquilidade, deixando claro que considera o episódio absolutamente normal, Temer narrou a operação com riqueza de detalhes:

"Em uma ocasião, ele [Eduardo Cunha] foi me procurar.

Ele me disse 'vou arquivar todos os pedidos de impeachment da presidente, porque prometeram-me os três votos do PT no conselho de ética'. Eu disse que era muito bom, porque assim acabava com essa história de que ele estava na oposição. (...) naquele dia eu disse a ela [Dima] 'presidente, pode ficar tranquila, o Eduardo Cunha me disse que vai arquivar todos os processos d impedimento'. Ela ficou muito contente e foi bem tranquila para a reunião.

No dia seguinte, eu vejo logo o noticiário dizendo que o presidente do PT e os três membros do partido se insurgiam contra aquela fala e votariam contra [Cunha no Conselho de Ética]. Mais tarde, ele me ligou e disse 'tudo aquilo que eu disse, não vale, vou chamar a imprensa e vou dar início ao processo de impedimento '

Que coisa curiosa! Se o PT tivesse votado nele naquele comitê de ética, seria muito provável que a senhora presidente continuasse.

E quando eu conto isso eu conto para revelar, primeiro, que ele não fez o impedimento por minha causa. E, segundo, que eu não militei para derrubar a presidente."

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