domingo, 21 de maio de 2017

DILMA DEMITIU “OPERADOR DE PROPINAS” DE TEMER, SEGUNDO A JBS



Na delação ao Ministério Público Federal, Joesley Batista, dono da JBS, revelou que Michel Temer lhe pediu que pagasse uma mesada de R$ 100 mil ao ex-ministro da Agricultura de Dilma Rousseff, Wagner Rossi; indicado por Temer ao cargo e acusado de uma série de irregularidades no comando da Agricultura, Rossi foi demitido em agosto de 2011 pela presidente Dilma Rousseff; segundo Joesley, o valor teria sido pago pela JBS por um ano. O executivo relata que Temer fez o pedido em benefício de Rossi após ele deixar a Esplanada em 2011; foi o primeiro embate de Dilma com Michel Temer; a conspiração para derrubá-la cresceu quando Dilma reduziu o contrato da Petrobras com a Odebrecht, que rendeu propina de US$ 40 milhões a Temer e seu grupo, e chegou ao ápice com a demissão de Moreira Franco, o "Angorá" que Dilma não deixou roubar na Aviação Civil


247 - No acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, o empresário Joesley Batista, dono da JBS, revelou que Michel Temer lhe pediu que pagasse uma mesada de R$ 100 mil ao ex-ministro da Agricultura de Dilma Rousseff, Wagner Rossi. 

Indicado por Michel Temer ao cargo, Rossi foi demitido em agosto de 2011 pela então presidente Dilma Rousseff. Segundo Joesley, o valor teria sido pago pela JBS por um ano. O executivo relata que Temer fez o pedido em benefício de Rossi após ele deixar a Esplanada em 2011.

Wagner Rossi deixou o Ministério da Agricultura acusado de praticar uma série de irregularidades na pasta. Entre elas o uso de um jatinho da Ourofino Agronegócios, que recebeu autorizações do ministério para produzir medicamento contra a febre aftosa; acusações de irregularidades na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e de instalar dentro do Ministério o lobista Júlio Fróes para intermediar negócios com empresas. 

Foi o primeiro embate da presidente Dilma Rousseff com Michel Temer. Dois anos depois, Dilma daria nova demonstração para frear a corrupção praticada pelo PMDB no seu governo, ao cortar em 43% um contrato da Petrobras com a Odebrecht, no valor de US$ 840 milhões, que renderia propina de US$ 40 milhões ao PMDB, num acordo "abençoado" por Michel Temer (leia mais). 

A partir de então, nascia a conspiração do PMDB para derrubar Dilma Rousseff da presidência. Chefiada por Michel Temer, o plano contava com a atuação dos então deputados Eduardo Cunha, Alexandre Padilha, do então presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves. 

O estopim da crise se deu em 2014, quando Dilma Rousseff demitiu o então secretário de Aviação Civil Moreira Franco, também indicado de Michel Temer. Em entrevista ao jornal Valor, Dilma lembra que não deixou o "Angorá" roubar. "O gato angorá tem uma bronca danada de mim porque não o deixei roubar. Chamei o Temer e disse: 'ele não fica'", diz Dilma, explicando por que demitiu Moreira Franco da Secretaria de Aviação Civil (leia aqui).
Leia trecho da delação de Joesley Batista que menciona o pedido de propina de Temer para Wagner Rossi: 


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