
Quer dizer que fomos brindados com mais um impostor? Agora no MEC, Ministério da Educação e Cultura
Por Rui Daher
Quer dizer que fomos brindados com mais um impostor? Agora no MEC, Ministério da Educação e Cultura.
Sim, o economista Abraham Weintraub. Porra, se é essa sua formação, vá construir planilhas.
E como chega a nova nulidade? Cego pelos holofotes da covardia, atacando Paulo Freire e fazendo coro aos que usam o grande educador como bode expiatório da má qualidade do ensino público brasileiro.
“Se temos uma filosofia de educação tão boa, [e] Paulo Freire é uma unanimidade, por que temos resultados tão ruins?”, disparou. Melhor aí a última expressão, “disparou”, usada pela minha fonte. Nada mais em moda e a ver com os Bolsomínimos da cultura e inteligência brasileiras.
Em seu discurso, usou de sandices costumeiras que comparam Brasil, outros países das Américas do Sul e Central, e África, às hegemonias da Europa e EUA.
Como se nosso alto (?!) investimento de 6% sobre o PIB fosse comparável ao histórico dos pares ricos por conquistas territoriais, econômicas e imperialistas históricas. Uma nova besta, pois. Taca 30% do PIB de Bangladesh ou de Xique-Xique sobre o povo de lá e, depois, compare-os aos resultados de qualquer povoado europeu.
Ô nobre economista, segmenta aí. Aplique sua equação-planilha nas populações nordestinas, indígenas e quilombolas. Ou esses não contam na população brasileira? Qual o índice aí, imbecil (Pode? Ou serei processado?)
Sinto que estou condenado a morrer pisoteado pela burrice de quem votou 17.
Segundo o energúmeno economista, “a questão que coloca o País nas últimas colocações do Pisa (Programme for International Student Assessment) é o gasto por aluno”. Isto é, o valor do investimento em educação dividido pela quantidade de alunos da rede educacional. E, mais uma vez, somos comparados aos países membros da OCDE, Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, agora em moda para nos ferrar na OMC, Organização Mundial do Comércio.
Essa uma comparação das mais canalhas. Já visitaram a Europa? Pois é. Tudo arrumadinho, não?
É claro que pelas condições socioeconômicas do Brasil precisaríamos investir muito mais para nos compararmos aos países ricos. Imaginem a necessidade de regiões tribais da África. Mas o que importa a vocês que frequentam, sem trabalhar duro, os melhores recantos paradisíacos do país?
Weintraub se diz confortável (três refeições por dia, roupa lavada e passada, perguntaria João Perna de Agulha” Santos com seu gorro rubro-negro). Eu também.
O ministro: “o momento é de acalmar os ânimos, colocar a bola no chão”. Eu não. O momento é de chutar a bola pro mato e manda-los busca-la entre urtigas venenosas.
Chuta aí, Paulo Freire, que NUNCA foi considerado pilar na educação do Brasil. Antes fosse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
12