domingo, 22 de setembro de 2019

O assassino no jardim de infância, por Sergio Saraiva

No meu país, a relva verde é cortada bem cedo, ainda com o orvalho da manhã, para que estejam sempre úmidos do sangue de folhas meninas, recém brotadas e já abortadas da terra mãe

          Por Sergio Saraiva
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Em honra do Governador Wilson Mata-Preto

No meu país, a relva verde é cortada bem cedo, ainda com o orvalho da manhã, para que estejam sempre úmidos do sangue de folhas meninas, recém brotadas e já abortadas da terra mãe, os campos de batalha por onde desfilam triunfantes os senhores da guerra e seus jardineiros sangrentos, em uniformes reluzentes de medalhas feitas do coração azul da ágata, de caveiras de cabras e cabeças de crianças.

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