(Foto: Isac Nóbrega - PR)
Bolsonaro está em plena temporada de
compras para impedir que a Câmara autorize tanto a instalação de processo
de impeachment no Senado por crime de responsabilidade, como o
seu julgamento no STF pelos variados crimes comuns cometidos.
Em qualquer dos casos, é preciso o
voto de 342 deputados/as, 2/3 do total.
Uma vez autorizado quaisquer dos 2 processos pela Câmara [impeachment no Senado ou julgamento no STF], o genocida pestilento é imediatamente afastado por 180 dias, prazo para que os processos sejam concluídos.
Caso não seja aprovada a PEC das
Diretas, que prevê a convocação de eleições no prazo de 90 dias depois do
afastamento do ocupante do cargo presidencial, assume em lugar do Bolsonaro o
general Hamilton Mourão.
Mourão, eleito vice na eleição
duplamente fraudada de 2018 – [1] por meio da farsa da Lava Jato que impediu a
candidatura do Lula e [2] pela usina de fake news impulsionada
via WhatsApp com o financiamento ilegal por empresários
corruptos – embora aparente certa racionalidade, não é garantia de interrupção
da barbárie fascista.
Na temporada de compras em plena
pandemia, que o genocida pestilento continua tratando como simples “gripezinha”
e “neurose” enquanto passeia de jet ski, ele já comprou o passe do
agrupamento parlamentar hiper-corrupto chamado Centrão.
Com esta aquisição no atacado
político, o genocida pestilento garante, provisoriamente, cerca de 200 votos na
Câmara – suficientes para impedir a autorização para que seja julgado.
A turma do Centrão já está se
refestelando em órgãos que manuseiam vultuosos recursos públicos, e poderá
subir o preço do passe à medida em que Bolsonaro se enfraquece, e passarão a ambicionar
cargos no ministério e postos-chave de comando.
Com a vigência do estado de
calamidade, que flexibiliza compras e contratações públicas sem licitação, é de
se imaginar o tamanho da roubalheira.
Para evitar o prosseguimento de ações
judiciais que pesam contra ele e que poderão fundamentar o julgamento tanto
pelos crimes de responsabilidade como pelos crimes comuns, Bolsonaro também
avança as compras sobre os estamentos jurídicos.
Este é o significado da oferta do
cargo de ministro do STF para o atual PGR, Augusto Aras, na vaga de Celso de
Mello, que será aberta em novembro.
O procurador-geral Aras joga parado,
espera o prêmio cair por gravidade. Atitude bem diferente daquela do presidente
do STJ, João Otávio Noronha, que na semana passada pagou antecipadamente o
preço para ser ele o indicado para o STF e derrubou as decisões judiciais que
obrigavam o genocida pestilento a mostrar o laudo positivo para COVID-19 [aqui].
O TSE, que tem todos elementos para
cassar a chapa Bolsonaro-Mourão, já está no bolso do bolsonarismo há muito
tempo [aqui].
Com omissões deliberadas, manobras,
tergiversações e o que mais se possa imaginar, o Corregedor-Geral do TSE Jorge
Mussi até hoje não concluiu o julgamento das denúncias citadas acima, de fraude
na eleição, que causariam a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão e provocariam a
convocação de novas, limpas e livres eleições presidenciais.
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