Dmitri Orlov [*]
As eleições intercalares americanas estão próximas e, como sou um bom e patriótico cidadão russo, é meu dever intrometer-me nelas. A manipulação eleitoral é um exemplo do poder brando da Rússia, que é muito mais agradável do que o seu poder duro, de modo que deve ficar satisfeito por lhe oferecer deste.
Tenho dito diversas vezes e em vários lugares que "Os Estados Unidos não são uma democracia e não importa quem seja presidente". Mantenho essa afirmação, que acredito ser um facto comprovado. As estatísticas mostram que existe zero correlação entre as preferências do público e as decisões de política pública, mas uma forte correlação entre as preferências dos grupos de pressão empresariais e as decisões de política pública. Assim, os EUA não são uma democracia (governo pelo povo) mas um oligopólio (governo de grupos empresariais). Daqui decorre que não importa quem seja presidente porque ambos os partidos do duopólio democrata-republicano pertencem ao mesmo conjunto de grupos empresariais.
Então não importa quem é presidente e o seu voto não significa nada? É verdade; mas será que importa SE há um presidente? Acho que sim!
E se o presidente for um servo-robô orgânico, um fantoche senil, apoiado por uma vice-presidente escolhida especificamente por ser ainda mais fraca de espírito? Este é um excelente estratagema para colocar no poder um grupo extremista que está apenas tangencialmente relacionado com os lobbies de negócios habituais que determinam o que se faz em Washington. Não pense num vasto e amorfo "estado profundo": executar uma tal tomada de poder requer uma coordenação rigorosa, algum secretismo ou, pelo menos, discrição, e, claro, vastas somas de dinheiro. Pense ao invés num oligarca maléfico singularmente bem dotado e nos seus múltiplos lacaios, que ele cuidadosamente preparou e insinuou em posições de poder.
O objetivo global de um grupo extremista assim pode bem ir muito além dos interesses habituais dos lobbies empresariais, tais como preservar o capital próprio dos acionistas, mais subsídios federais, derrubar barreiras transnacionais ao comércio e circulação de capitais, baixar impostos sobre os negócios e assim por diante. Estes fanáticos podem muito bem ter em mente uma visão completamente diferente do futuro, em que um pequeno grupo de ultra-ricos possui tudo, enquanto o resto de nós não possui nada mas, sendo obedientes e dóceis através de todo o tipo de manipulação médica e técnica, sentir-se-á feliz com este estado de coisas... como tantos animais num jardim zoológico... não demasiados animais, lembrem-se: a redução drástica da população é provavelmente um objetivo chave deles.
Quais poderão ser os objetivos globais desta organização? Não é exatamente um segredo. Aqui está um exemplo, retirado do documento "Objetivos 2030" (“Goals 2030”) da conferência de 2018 no Instituto da Complexidade em Santa Fé:
- Sem propriedade privada ou pessoal.
- Rendimento básico garantido para todos os que aceitam este "novo normal".
- Sociedade sem dinheiro; dinheiro digital (como método de controlo social).
- Classificações de hidrocarbonetos para estados e empresas.
- Controlos sociais apertados (através de zangões, reconhecimento facial, etc)
- Racionamento de todo o consumo, incluindo energia e recursos naturais.
- Patentes sobre todos os stocks de sementes e restrições à produção de alimentos para uso pessoal.
- Eliminação quase total do gado. A restante população a ser alimentada com uma dieta vegetariana reforçada com proteínas artificiais, insetos, etc.
- Redução da população através da esterilização e controlo de natalidade.
- Vacinação forçada.
- Proibição de formas alternativas de medicina.
- Eliminação das distinções sexuais (macho/fêmea).
- Esterilização e castração de crianças (química e/ou cirúrgica).
Algumas pessoas podem reconhecer nesta lista vários ítens que têm sido apresentados na conferência de Davis e noutros locais. Isso não deu em nada quando o perene maître de Davos, um Sr. Klaus, se a memória não me falha, teleconferenciou com Putin e Xi para lhes perguntar se gostariam de alinhar com tal plano. Os dois responderam que, não, eles têm planos próprios que servem as necessidades do seu povo. Isto atirou uma grande balde de areia nas engrenagens.
O plano (suponho) era usar o avô senil e a sua ajudante idiota como um cavalo de Tróia para infestar a Casa Branca, a seguir usar essa posição para destruir a América e então usar o cadáver em decomposição da América como uma área de encenação para lançar ataques semelhantes à escala mundial. Mas se Putin e Xi, e com eles 80% do mundo, não querem nada disso, então o quê? Lutar em conjunto numa guerra contra a Rússia e a China em conjunto e perdê-la? E então?
De modo que agora esperam pelo inevitável. A Rússia está a mastigar os militares ucranianos originais e o seu arsenal de armas da era soviética. Agora está a meio caminho de mastigar quaisquer recrutas ucranianos remanescentes (homens velhos e crianças, essencialmente), mais mercenários da NATO e o arsenal de armas da NATO, tudo isto sem suar muito. Neste momento está a incapacitar gradualmente todas as obras públicas no território ucraniano, grande parte desse trabalho está a ser feito utilizando uma moto-serra voadora de baixo custo com inteligência artificial chamada Gerânio (Geranium 2). (Nós, russos, gostamos de nomes como esses. Um canhão de 152mm é chamado de Jacinto (Hyacinth B); um morteiro auto-propulsionada de 240mm chamado de Tulipa (Tulip 2S4). Gostaria de apreciar o aroma das nossas flores?)
A falta de eletricidade, calor ou água corrente dá à restante metade da população ucraniana uma razão muito boa para fazer as malas e ir para o Ocidente. Aqueles 15-20 milhões de teimosos ucranianos adicionais que exigem ser alimentados e alojados irão certamente fazer maravilhas para a moral ocidental. Isto acontecerá numa altura em que as restrições ocidentais à importação de energia russa começarão a morder seriamente. As pessoas não ficarão satisfeitas.
Pensa que nem mesmo o oligarca tenebroso, cujos lacaios que estão atualmente em alvoroço na Casa Branca, têm um plano para lidar com a horrível confusão que criaram? Não, não têm. Eles estão fora de si. Pior ainda, estão a perder o controlo da narrativa. A presidência Biden já não parece real; parece o que realmente é: um embuste. E se ele não é real, então quem são as baratas que têm andado em alvoroço na Casa Branca nos últimos dois anos?
Neste momento, só uma pessoa muito tola pode pensar que Biden – que mal consegue ler uma frase inteira de um teleponto sem tropeçar pelo menos uma vez, continua a cumprimentar fantasmas, a chamar pessoas mortas na audiência, precisa de múltiplas tentativas para nomear corretamente o país em que gastou 20 mil milhões de dólares – foi capaz de rever, muito menos de escrever, as 100 ordens presidenciais que assinou, 19 das quais durante a sua primeira semana no cargo.
Então, quem as escreveu e porquê? Não gostaria de descobrir? Não lhe posso dizer como votar, mas posso dizer-lhe o seguinte: em alguns estados (não em todos) há um modo específico de votar para tornar mais provável descobrir quem são estas baratas. Expulsá-las dos seus esconderijos em posições de poder e pisá-las seria o próximo passo.
07/Novembro/2022[*] Escritor.O original encontra-se em thesaker.is/the-trojan-horse-presidency/Este artigo encontra-se em resistir.info
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