© Foto: Domínio público
Finian Cunningham
O autor e advogado de direitos humanos Dan Kovalik diz que as potências ocidentais estão encobrindo um regime terrorista que está impondo um reinado de terror à população síria.
Os novos governantes da Síria são apresentados pelos governos e pela mídia ocidentais como “rebeldes” e “militantes reformados” que estão tentando trazer lei e ordem ao país árabe.
O autor e advogado de direitos humanos Dan Kovalik diz que as potências ocidentais estão encobrindo um regime terrorista que está impondo um reinado de terror à população síria.
Os novos governantes da Síria são apresentados pelos governos e pela mídia ocidentais como “rebeldes” e “militantes reformados” que estão tentando trazer lei e ordem ao país árabe.
O autor e advogado de direitos humanos Dan Kovalik diz que as potências ocidentais estão encobrindo um regime terrorista que está impondo um reinado de terror à população síria.
Kovalik acaba de visitar o país em uma missão de investigação.
Ele visitou a capital, Damasco, assim como o interior periférico. Ele testemunhou em primeira mão grupos minoritários vivendo com medo de retaliação violenta das facções militantes agora dominantes que professam uma versão extremista da Lei Sharia.
Kovalik corrobora relatos alternativos perturbadores vindos da Síria de execuções, linchamentos e outras atrocidades cometidas pela milícia terrorista que o Ocidente complacentemente chama de “rebeldes”.
Cristãos, alauítas e muçulmanos xiitas estão em grave perigo por causa dos novos governantes da Síria, liderados pelo líder de fato Ahmed Hussein al-Sharaa (também conhecido como Mohammed al-Julani). Ele é o chefe da facção Hayat Tahrir al-Sham (HTS).
O HTS evoluiu da Al Qaeda, Estado Islâmico e Frente Al Nusra. Todos esses grupos estão oficialmente na lista de terroristas designados dos EUA e do Ocidente. Mas essa designação é parte da farsa pela qual os governos ocidentais secretamente patrocinaram esses grupos como representantes de interesses geopolíticos.
O governante de fato da Síria, al-Sharaa (al-Jolani), estava até recentemente na lista de terroristas procurados pelos EUA com uma recompensa de US$ 10 milhões por sua captura. Desde que assumiu o controle da Síria em dezembro, os EUA o retiraram da lista depois que delegados de Washington se encontraram em Damasco nas últimas semanas para discutir a restauração das relações diplomáticas e a divisão dos recursos do território levantino devastado pela guerra. Os militares dos EUA já ocupam ilegalmente terras ricas em petróleo e agricultura na Síria.
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, também viajou rapidamente para Damasco para cumprimentar o novo regime e falar sobre oportunidades de negócios.
Não deveria haver surpresa em tudo isso. Durante anos, os grupos terroristas afiliados à Al Qaeda na Síria foram os representantes dos Estados Unidos e seus aliados da OTAN mobilizados para derrubar o governo do presidente Bashar al-Assad em uma guerra suja e secreta para mudança de regime.
A mídia ocidental está retratando a queda de Assad como uma libertação da ditadura. Essa é uma tarefa difícil, dado que os “libertadores” são grupos terroristas que infligiram violência indizível à população síria durante a guerra por procuração apoiada pelo Ocidente.
Dan Kovalik atesta que a Al Qaeda (e suas variantes) está agora no governo da Síria – a mesma organização contra a qual os EUA e seus aliados ocidentais supostamente lutaram em uma “guerra global contra o terror”.
Ele alerta que a Síria está enfrentando tempos sombrios e perigosos à frente, enquanto comunidades minoritárias temem por suas vidas. Mas os governos e a mídia ocidentais estão branqueando o regime terrorista com sangue em suas mãos. O encobrimento se torna ainda mais urgente porque o Ocidente é totalmente cúmplice na destruição da Síria.
Kovalik é autor de vários livros publicados pela Skyhorse Publishing. Seus títulos incluem The Plot to Scapegoat Russia, The Case for Palestine, The Plot to Overthrow Venezuela e No More War… How the West Violates International Law by Using 'Humanitarian' Intervention to Advance Economic and Strategic Interests.
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