sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

STF troca Rosa Weber por Marco Aurélio Mello em investigação do cartel Siemens de São Paulo


A ministra Rosa Weber e o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (Foto: STF)

POR RODRIGO RODRIGUES

O Supremo Tribunal Federal (STF) informou nesta quinta-feira (19) que a ministra Rosa Weber renunciou ao posto de relatora do processo que apura violações e pagamento de propina do caso de formação de cartel pela empresa Siemens no Metrô de São Paulo.

Segundo o tribunal, a ministra se valeu de uma norma regimental da casa que estabelece que um ministro que já teve contato com o caso seja o “prevento”, ou o ministro preventivo, de toda e qualquer mudança que haja sobre o mesmo assunto na suprema corte. A norma é válida para todos os processos e obrigatória, segundo o órgão.


O caso foi transferido para o ministro Marco Aurélio Mello, que segundo o STF, já havia tomado outras decisões sobre o mesmo assunto no tribunal e, portanto, é o relator por direito do processo.

O inquérito de cartel do metrô chegou ao Supremo em virtude de acusações feitas por um ex-diretor da Siemens que apontam participação de secretários e deputados federais no esquema.

Segundo as leis brasileiras, como o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP), os secretários estaduais de São Paulo Edson Aparecido (Casa Civil), José Aníbal (Energia) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico), são parlamentares em atuação ou licenciados, eles todos têm direito a foro privilegiado e, portanto, devem ser julgados pela corte suprema, como aconteceu com o escândalo do mensalão petista.

Além dos políticos tucanos, três ex-dirigentes da CPTM e do Metrô foram arrolados no processo, duas parentes de um ex-diretor da companhia de trens e o empresário Arthur Gomes Teixeira também foram envolvidos no inquérito.

Arthur Gomes Teixeira, aliás, é acusado pela Polícia Federal de ser o operador do esquema de distribuição de propina para alimentar campanhas do PSDB e do DEM no Estado de São Paulo.


Ao receber a relatoria do processo Siemens, o ministro Marco Aurélio Mello tem que decidir se envia a causa para a Procuradoria Geral da República (PGR) continuar as investigações e apresentar denúncia contra os supostos réus do inquérito.

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