Pormenores da aposta
mercenária dos EUA de invadir a Venezuela emergiram depois de uma cópia de um
contrato de 41 página ter sido divulgada este fim de semana pelo Washington
Post.
O usurpador apoiado por Washington, Juan Guaidó, foi nomeado comandante em
chefe da operação e, segundo o documento, ele devia fornecer US$10 milhões à
firma de segurança privada Silvercorp, a ser pago conforme o seu êxito.
O documento revela uma lista de indivíduos e organizações considerados alvos
legítimos nos termos do acordo, incluindo o presidente Nicolas Maduro e o
presidente da Assembleia Constituinte Diosdado Caballero.
Também eram incluídas as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o
grupo militante islâmico Hezbollah, do Médio Oriente, o qual o vice-presidente
dos EUA, Mike Pence, bizarramente insiste em que opera células terroristas na
Venezuela.
O documento declara que o objectivo da operação é "capturar/deter/remover
Nicolas Maduro (daqui em diante chamado de "Objectivo Primário"),
remover o regime e instalar o reconhecido presidente venezuelano Juan
Guaidó".
Após o término com êxito da operação e a remoção do governo democraticamente
eleito, a nova administração pagaria um bónus de US$10 milhões ao "service
provider".
O contrato declara que o "service provider" permaneceria na Venezuela
para aconselhamento sobre "operações de contra-terrorismo,
contra-narcóticos e recuperação de activos financeiros venezuelanos roubados à
escala mundial..."
É a primeira vez que pormenores do contrato assinado pela companhia de
segurança Silvercorp, com sede nos EUA, foram tornados públicos desde que na
semana passada forças venezuelanas frustraram uma tentativa de golpe lançada
por mercenários a partir do território colombiano.
Dois antigos fuzileiros navais dos EUA, Luke Denman e Airan Berry, enfrentam
processo sob acusação de conspiração depois de serem capturados durante a
fracassada tentativa de golpe.
Ambos os homens admitiram serem contratados pela Silvercorp em prol do sr.
Guaidó.
O sr. Maduro tomou como alvo o
presidente dos EUA, Donald Trump, durante uma conferência de imprensa online a
que o Morning Star compareceu na semana passada.
Ele insistiu em que o sr. Trump era "o chefe" da tentativa de golpe,
pois a Venezuela é uma "obsessão" da Casa Branca.
Numa declaração com palavras cuidadosamente escolhidas, na quarta-feira, o
secretário de Estado e antigo director da CIA Mike Pompeo insistiu em "não
houve nisto nenhum envolvimento directo do governo dos EUA”.
Mas o sr. Maduro afirma que a
tentativa de golpe foi terciarizada de modo a que, se fracassasse, o governo
dos EUA poderia "lavar as mãos do mesmo e deixar os mercenários à sua
sorte".
A tentativa de golpe foi planeada pelo antigo fuzileiro naval Jordan Goudreau,
o qual assinou um contrato com o sr. Guaidó em 16 de Outubro de 2019 no valor
de US$212 milhões.
O patrão da Silvercorp, que serviu no Iraque e no Afeganistão, providenciou
segurança para o concerto do bilionário Richard Branson na Colômbia no ano
passado durante uma tentativa de golpe anterior.
No sábado forças venezuelanos em operações de segurança descobriram três navios
colombianos abandonados no rio Orinoco, carregados com armas.
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