33% dos brasileiros acreditam que política local ainda é impactada pela Segunda Guerra
46% de todos os ouvidos se
orgulham do papel desempenhado por sua nação no conflito; entre os brasileiros,
são 39%
Do Ipsos
Após 75 anos do fim da Segunda Guerra Mundial – muitos celebram
a data em maio, quando houve a rendição alemã e o cessar-fogo das tropas
aliadas; outros, em agosto, com a rendição japonesa –, mundo ainda enfrenta
os desdobramentos deste acontecimento tão importante para a história. Segundo
estudo realizado pela Ipsos com participantes de 28 nações, 42% de todos os
ouvidos globalmente acreditam que a vida política de seus países ainda é
influenciada pelos eventos e resultados da Segunda Guerra.
Os entrevistados que mais concordam tendem a ser aqueles cujas
pátrias estiveram diretamente envolvidas com os conflitos armados. O primeiro
lugar ficou para a Polônia, com 67% de concordância com a premissa. O ranking
segue com China (64%), Alemanha (63%), Rússia (58%) e Reino Unido (54%). No
Brasil, um terço – ou 33% – creem que a política local ainda é impactada pelos
eventos da Segunda Guerra.
Por outro lado, Arábia Saudita (14%), México (23%), Argentina (23%), Chile
(24%) e África do Sul (26%) são os países que veem menor interferência do
embate histórico no ambiente político atual.
Pouco menos do que a metade (46%) de todos os entrevistados no
mundo, de acordo com a pesquisa, está orgulhosa do papel que seu país
desempenhou na Segunda Guerra Mundial. O top 5 das nações que mais exaltam a
atuação do país é encabeçado pela Rússia, onde 83% se orgulham dos feitos neste
período. Seguem na liderança o Reino Unido (80%), a Ucrânia (78%), os Estados
Unidos (73%) e a China (73%). Entre os brasileiros, 39% se orgulham da atuação
do país durante a Segunda Guerra Mundial.
A Alemanha é a nação que
menos se orgulha do papel que desempenhou na Segunda Guerra, com 7%. Japão
(10%), Espanha (15%), Chile (16%) e Suécia (21%) também estão nas últimas
posições do ranking.
Em memória dos combatentes
Quatro em cada dez ouvidos no mundo (40%) afirmam ter tido algum
parente que serviu nas Forças Armadas durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda
considerando os entrevistados globais, 21% dizem ter tido um familiar que
morreu em combate. A Rússia é a nação cujos participantes do estudo mais
perderam entes queridos em decorrência do conflito armado, com 59%, seguida da
Ucrânia (55%), Alemanha (44%), Polônia (32%) e Hungria (29%).
No Brasil, 15% lidaram com a morte de um parente no combate
durante a guerra. Chile (5%), Argentina (5%), Peru (6%), México (6%) e Espanha
(8%) foram os países que menos sofreram esse impacto.
Levando em conta que a Segunda Guerra Mundial foi um fato de proporções
tamanhas a trazer consequências, em maior ou menor escala, ao mundo todo, 55%
dos entrevistados globais acreditam que é importante organizar cerimônias como
forma de manter viva a memória dos acontecimentos da guerra. Rússia (81%),
Reino Unido (80%), Holanda (77%), Austrália (77%) e Canadá (75%) são as nações
que mais concordam com a afirmativa.
Outros países, entretanto, não fazem tanta questão de preservar
a lembrança de tais eventos. São eles: Japão (18%), Arábia Saudita (19%), Chile
(32%), Espanha (34%) e Malásia (36%). No Brasil, o índice é de 42%.
O estudo on-line foi
realizado com 20 mil entrevistados, com idade entre 16 e 74 anos, de 28 países,
entre 20 de março e 3 de abril de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5
p.p..
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