terça-feira, 12 de maio de 2020

33% dos brasileiros acreditam que política local ainda é impactada pela Segunda Guerra

46% de todos os ouvidos se orgulham do papel desempenhado por sua nação no conflito; entre os brasileiros, são 39%


Do Ipsos
 
Após 75 anos do fim da Segunda Guerra Mundial – muitos celebram a data em maio, quando houve a rendição alemã e o cessar-fogo das tropas aliadas; outros, em agosto, com a rendição japonesa –, mundo ainda enfrenta os desdobramentos deste acontecimento tão importante para a história. Segundo estudo realizado pela Ipsos com participantes de 28 nações, 42% de todos os ouvidos globalmente acreditam que a vida política de seus países ainda é influenciada pelos eventos e resultados da Segunda Guerra.


Os entrevistados que mais concordam tendem a ser aqueles cujas pátrias estiveram diretamente envolvidas com os conflitos armados. O primeiro lugar ficou para a Polônia, com 67% de concordância com a premissa. O ranking segue com China (64%), Alemanha (63%), Rússia (58%) e Reino Unido (54%). No Brasil, um terço – ou 33% – creem que a política local ainda é impactada pelos eventos da Segunda Guerra.


Por outro lado, Arábia Saudita (14%), México (23%), Argentina (23%), Chile (24%) e África do Sul (26%) são os países que veem menor interferência do embate histórico no ambiente político atual.


Pouco menos do que a metade (46%) de todos os entrevistados no mundo, de acordo com a pesquisa, está orgulhosa do papel que seu país desempenhou na Segunda Guerra Mundial. O top 5 das nações que mais exaltam a atuação do país é encabeçado pela Rússia, onde 83% se orgulham dos feitos neste período. Seguem na liderança o Reino Unido (80%), a Ucrânia (78%), os Estados Unidos (73%) e a China (73%). Entre os brasileiros, 39% se orgulham da atuação do país durante a Segunda Guerra Mundial.


A Alemanha é a nação que menos se orgulha do papel que desempenhou na Segunda Guerra, com 7%. Japão (10%), Espanha (15%), Chile (16%) e Suécia (21%) também estão nas últimas posições do ranking.


Em memória dos combatentes


Quatro em cada dez ouvidos no mundo (40%) afirmam ter tido algum parente que serviu nas Forças Armadas durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda considerando os entrevistados globais, 21% dizem ter tido um familiar que morreu em combate. A Rússia é a nação cujos participantes do estudo mais perderam entes queridos em decorrência do conflito armado, com 59%, seguida da Ucrânia (55%), Alemanha (44%), Polônia (32%) e Hungria (29%).


No Brasil, 15% lidaram com a morte de um parente no combate durante a guerra. Chile (5%), Argentina (5%), Peru (6%), México (6%) e Espanha (8%) foram os países que menos sofreram esse impacto.


 Levando em conta que a Segunda Guerra Mundial foi um fato de proporções tamanhas a trazer consequências, em maior ou menor escala, ao mundo todo, 55% dos entrevistados globais acreditam que é importante organizar cerimônias como forma de manter viva a memória dos acontecimentos da guerra. Rússia (81%), Reino Unido (80%), Holanda (77%), Austrália (77%) e Canadá (75%) são as nações que mais concordam com a afirmativa.


Outros países, entretanto, não fazem tanta questão de preservar a lembrança de tais eventos. São eles: Japão (18%), Arábia Saudita (19%), Chile (32%), Espanha (34%) e Malásia (36%). No Brasil, o índice é de 42%.


O estudo on-line foi realizado com 20 mil entrevistados, com idade entre 16 e 74 anos, de 28 países, entre 20 de março e 3 de abril de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p..


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