Por RUBEN BAUER NAVEIRA*
O governo Lula deve ficar atento a erros evitáveis na área da política externa.
O jornalista Jamil Chade do portal UOL relatou que, após ter conversado com delegações estrangeiras presentes à posse de Lula, ele teria ouvido de três interlocutores distintos a informação sobre a disposição do presidente Lula de procurar pessoalmente Joe Biden e Vladimir Putin para “mediar uma solução” para a guerra na Ucrânia.
Essa notícia de que Lula se dirigirá tanto àquele rotulado como o “agressor” (Vladimir Putin) quanto àquele louvado como o “solidário para com o agredido” (Joe Biden) acaba por levar água ao moinho do hegemonismo norte-americano, à medida que faz aumentar a pressão internacional sobre Vladimir Putin bem como tende a indispor o Brasil com a Rússia.
Segundo Chade, Jamil Lula teria respondido ao presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, que “não tinha certeza se o Brasil seria importante o suficiente no mundo para ter tal papel”. Menos mal.
Lula e seus assessores como Celso Amorim não são amadores para embarcar inadvertidamente numa canoa furada dessas, mas, por dever de zelo, este autor (que participou do governo Lula nos seus dois primeiros mandatos, e que portanto tem lado) vem aqui alertar para alguns possíveis equívocos (que comporiam um “jogo dos sete erros”) os quais poderiam ser facilmente cometidos por alguém inebriado com a perspectiva de fazer de Lula um “campeão da paz mundial”, que terá inclusive “salvado o mundo do risco da guerra nuclear”.
Como contexto para o aqui exposto, remeto aos quatro artigos já publicados sobre o tema: o primeiro, ainda em 2021 (“Guerra à vista”), advertia que a Rússia não teria outra alternativa senão partir para a ação militar; o segundo, uma semana antes da invasão da Ucrânia (“Haverá guerra?”), mostrava que os americanos haviam encampado os riscos de empurrar os russos para aquela ação militar; o terceiro (“A guerra é entre Estados Unidos e Rússia”) colocou a guerra “da Ucrânia” no seu contexto real, com a Ucrânia em si não passando de etapa momentânea e transitória de uma guerra de décadas, e de natureza existencial, entre Estados Unidos e Rússia; por fim, o quarto artigo (“A guerra nuclear como o sintoma mórbido último”) alerta para a alta probabilidade da guerra nuclear entre as superpotências como desfecho.
Passemos aos “sete erros” evitáveis:
Comprar a narrativa
É quase impossível não embarcar na narrativa da mídia hegemônica porque, desta vez, não foi deixado qualquer espaço para narrativas alternativas, inclusive (ou especialmente) na internet, onde as corporações de mídia social banem, bloqueiam, escondem, cancelam e/ou desmonetizam vozes dissidentes (que são ainda alvo de ataques hacker por atores governamentais).
No campo da mídia convencional a situação é ainda pior, com os governos ocidentais passando a perseguir abertamente jornalistas que ousem questionar a “verdade única” (veja por exemplo o caso da perseguição do governo britânico ao jornalista inglês Graham Phillips).
O que se encontra em curso é nada menos que a maior operação coordenada de fake news da história da humanidade, oficialmente chancelada pelos governos e corporações de mídia do Ocidente. Por exemplo, você já deve ter ouvido falar que “Vladimir Putin cogita o emprego de armas nucleares táticas na Ucrânia, e que somente não o fez porque o Ocidente o dissuadiu, ao adverti-lo da severidade das consequências que adviriam”, noticiário este plantado sem qualquer base na realidade, porque ninguém na liderança russa jamais fez qualquer menção nesse sentido (afora, claro, notícias falsas). O propósito é envenenar a opinião pública ocidental a tal ponto que mesmo um eventual uso de armas nucleares contra a Rússia (para “prevenir” e “evitar” o uso “iminente” das mesmas por Vladimir Putin – alguém se recorda das “armas de destruição em massa” de Saddam Hussein?) possa ser assimilado.
Assim, a busca por fontes alternativas e confiáveis de informação se torna sobremaneira difícil (o objetivo deste texto é suprir, ainda que de forma limitada, essa lacuna). Deveria o governo Lula o quanto antes recuperar a vocação para a qual o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) fora criado, qual seja o de uma agência de inteligência para subsidiar os tomadores de decisão do governo com informações não-evidentes de natureza sensível. Deveria, sobretudo, dotar o GSI de uma área de inteligência voltada à geopolítica internacional (voltaremos a isso adiante), de modo a não deixar o governo refém de narrativas de “verdade única”, como a narrativa decretada a respeito da guerra da Ucrânia.
“Guerra é errado” como dogma
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, há oitenta anos (e mais de uma geração) portanto, não houve mais guerra no espaço do assim chamado “Ocidente”, e assim cristalizou-se uma visão humanista de que a guerra não poderia mais ser instrumento da política entre as nações (claro, para fora do espaço ocidental os americanos utilizaram-se da guerra como instrumento de sua política externa o quanto quiseram, que o digam as populações vietnamita, sérvia, iraquiana, afegã, síria etc.).
O traço em comum entre esses países acima citados é que eles buscaram em alguma medida atuar com soberania, algo que não pôde ser tolerado pela nação hegemônica. Pois esse transcurso histórico ensinou a diversas outras nações (podemos citar pelo menos Rússia, China, Irã e Coréia do Norte) que qualquer aspiração a uma verdadeira soberania precisa estar calçada na capacidade de enfrentamento militar contra a potência hegemônica, os Estados Unidos.
O planeta ingressa assim em uma era em que a guerra volta a ser instrumento da política entre os países (dito de outra forma, a guerra como instrumento de política deixa de ser monopólio de um único país). Isso se trata de um fato, que veio para ficar, independente dos julgamentos morais a respeito (especificamente com relação ao julgamento moral da Rússia no caso do ataque à Ucrânia – “na guerra morrem civis inocentes” – nós já pudemos discorrer no artigo “a guerra nuclear como o sintoma mórbido último”).
Aliás, o governo Lula teria muito a ganhar no intercâmbio com uma das maiores autoridades mundiais no estudo da guerra como instrumento de política ao longo da História, que vem a ser brasileiro, o professor José Luís Fiori.
No que se refere à guerra da Ucrânia, pelo lado da narrativa instituída a Rússia é rotulada como um agressor movido por ambições imperialistas e expansionistas, porém pelo lado da Rússia a guerra é vista como recurso último de sobrevivência (a guerra é chamada lá de “existencial”). Assim, para a Rússia não há alternativa senão a vitória militar, com a paz somente sendo possível após a mesma. Qualquer “paz” menor do que isso acabaria por levar a uma “implosão” da Rússia a partir de dentro, culminando com a ocupação e o desmembramento da mesma pelas potências ocidentais, e é nesse sentido que a guerra é nada menos que existencial. Qualquer abordagem ao governo russo “em prol da paz” deve assim principiar na sensibilidade em se reconhecer quais os interesses vitais da Rússia que se encontram em jogo.
Da mesma forma, se o que os russos entendem por “paz” é a segurança do seu país, então a guerra não acaba na Ucrânia, mesmo com uma vitória russa. A guerra de fundo, que é contra os Estados Unidos, poderá ficar suspensa por algum tempo, mas será retomada até que os russos consigam o recuo das forças (leia-se mísseis) da OTAN até uma distância que considerem segura das suas fronteiras.
Uma referência: neste vídeo, em que Vladimir Putin se dirige aos seus oficiais-generais, a partir do minuto 47 e meio ele expressa de forma clara e objetiva a posição da Rússia em relação à Ucrânia e ao Ocidente.
E uma observação: parte considerável da esquerda brasileira ao combater o governo Bolsonaro acabou por “morder a isca” da narrativa hegemônica que colocava Jair Bolsonaro num mesmo saco de “governantes ditatoriais de direita” pelo mundo. Tal equiparação é porém rasa: se há um traço distintivo em comum entre governantes como Viktor Orbán da Hungria ou Recep Erdogan da Turquia é o de procurarem retirar os seus respectivos países da órbita de influência dos Estados Unidos sem com isso atrelá-los à órbita de influência russa (em outras palavras, eles buscam soberania), enquanto que Jair Bolsonaro foi no Brasil o governante mais desavergonhadamente sabujo aos Estados Unidos da História (ao menos enquanto Donald Trump foi presidente).
Naquele dito clube dos “governantes ditatoriais de direita” foi também incluído, claro… Vladimir Putin. A detração ganhou destaque porque Jair Bolsonaro foi à Rússia rompendo o isolamento internacional de Vladimir Putin, não apoiou as sanções à Rússia, e não colocou o voto do Brasil na ONU a serviço da condenação da Rússia. Sabemos que as razões de Jair Bolsonaro são sempre mesquinhas mesmo quando ele acaba fazendo a coisa certa, mas isso não nos deveria lançar ao campo contrário de forma automática e cega.
Desconhecer o que os americanos entendem por “paz”
Da mesma forma que qualquer abordagem aos russos “em prol da paz” exige sensibilidade para com os interesses (existenciais) russos em jogo, qualquer abordagem aos americanos exige igualmente sensibilidade quanto aos interesses (também existenciais) em questão.
A única “paz” que pode interessar aos americanos é aquela que lhes permita conservar a sua hegemonia sobre o planeta. A hegemonia é, afinal, expressão da identidade própria dos Estados Unidos. Países somente repudiam as suas identidades históricas em prol de algo diferente em casos de violenta revolução interna (p. ex. a Revolução Francesa) ou de esmagadora derrota militar externa (p. ex. a Alemanha nazista).
Assim, os americanos não têm como tolerar uma soberania da Rússia (em especial por conta dos imensos recursos naturais desta), então mesmo durante os anos Boris Yeltsin (década de 1990, quando os russos estiveram subservientes ao Ocidente), a OTAN foi progressivamente apertando o cerco militar à Rússia (em violação dos acordos firmados por ocasião da dissolução da União Soviética e do Pacto de Varsóvia). Quando em fins de 2021 os russos apresentam aos americanos o seu leque de exigências em termos de requisitos de segurança para o país, ameaçando recorrer à ação militar caso não fossem atendidos (como acabaram fazendo), os americanos optaram por “pagar para ver” (veja a esse respeito o artigo “Guerra à vista”).
O prolongamento indefinido da guerra interessa aos americanos, na medida em que tende a desgastar internamente o governo de Vladimir Putin. Se por outro lado os russos vierem a prevalecer militarmente contra a Ucrânia (examinaremos a seguir), a paz passará a ser uma necessidade para os americanos – desde que aquilo que ainda reste como uma Ucrânia independente possa prosseguir na órbita da OTAN.
Henry Kissinger observou com propriedade que a discussão sobre o ingresso ou não da Ucrânia na OTAN está superada, posto que na prática a Ucrânia já foi completamente incorporada pela OTAN. Para os americanos esse é o melhor dos mundos, pois eles têm liberdade de ação em todo o território controlado pelo governo ucraniano sem precisar se ater a quaisquer obrigações contratuais. Uma “paz” que conserve independente uma parte da Ucrânia e pela qual não sejam internacionalmente reconhecidas as suas perdas territoriais permite, na prática, o prosseguimento indefinido do conflito contra a Rússia, ainda que não mais na forma militar.
Aos russos resta assim somente a opção da vitória militar total, com a instalação de um governo “neutro” (na prática, alinhado) naquilo que ainda reste territorialmente da Ucrânia. É claro que uma tal “paz” em nada interessaria aos americanos, porém neste caso somente lhes restaria a opção de escalar o conflito para uma guerra direta contra a Rússia, coisa que deixaria o mundo à beira do holocausto nuclear.
Desconhecer a natureza desta guerra
A natureza desta guerra é, essencialmente, industrial (como o foram as duas guerras mundiais, e mais nenhuma outra desde então). Guerras “de atrito” somente podem ser vencidas pelo acúmulo de forças próprias com esgotamento das forças oponentes, algo que requer uma base industrial superior.
Os russos se preparam diligentemente durante anos para isso. Não apenas as fábricas de armamentos e munições da Rússia funcionam em regime 24/7 como, mais importante, elas foram dimensionadas para volumes de uma guerra total não contra a Ucrânia, mas contra todo o Ocidente. Assim os russos dispõem de um volume de peças de artilharia e respectivas munições junto à frente de combate que supera o dos ucranianos (mesmo com toda a ajuda da OTAN) em uma razão próxima a 10 para 1. E, para cada projétil de artilharia ou foguete disparado, cada drone suicida enviado e cada míssil de precisão lançado, a Rússia fabrica dois novos ou mais.
Já o Ocidente praticamente esgotou, pelo envio à Ucrânia (que já os usou, ou perdeu nos bombardeios russos), os seus estoques próprios de armamentos e munições convencionais, sem no entanto dispor de base industrial para uma reposição nos ritmos e volumes necessários, ao passo que reluta em enviar as suas armas mais sofisticadas por uma série de razões (alto custo, necessidade de operação por pessoal altamente treinado e especializado o qual pode vir também a ser perdido na guerra, receio de que acabem capturadas pelos russos, receio de que venham a se mostrar menos eficazes do que o anunciado).
Em termos de recursos humanos (soldados), de muito mais difícil reposição (especialmente aqueles melhor treinados), os russos foram desde o início parcimoniosos, recuando deliberadamente as suas tropas sempre que os riscos para as mesmas se mostraram altos (em Kiev, no início da guerra, e em Kharkov e Kherson, mais recentemente), movimentos que foram “vendidos” pela Ucrânia como “vitórias militares” (narrativa hegemônica).
Já os ucranianos optaram por uma estratégia “territorialista” para a guerra (em vez da estratégia “industrial” dos russos), e assim eles procuram jamais ceder território ainda que a um custo elevado em perdas humanas. Da mesma forma, quando têm a oportunidade de recuperar território eles o fazem independente do custo em vidas com que tenham que arcar. O resultado é que os contingentes ucranianos estão esgotados, e vem sendo repostos (na medida do possível) por pessoal em idade avançada e com baixo treinamento militar.
A OTAN tem também feito a sua parte, com o envio de contingentes disfarçados de “voluntários” (em sua maioria, tropas regulares convertidas em mercenários), os quais não contam com proteção das leis internacionais de guerra, e assim os russos não fazem nenhuma questão de capturar para fazer prisioneiros.
Enfim, a estratégia dos russos de desgastar o exército ucraniano vem (e prossegue) funcionando a contento, fator que em breve irá permitir aos russos partir para uma ofensiva geral de tomada dos territórios desejados e de derrubada do governo ucraniano frente a um inimigo já bastante exaurido. Em outras palavras, a Rússia acabará por derrotar militarmente a Ucrânia (se você acredita que “os russos estão perdendo a guerra” é porque a sua mente já foi abduzida pela narrativa hegemônica, sem que você tenha se dado conta disso).
Desconhecer o timing da guerra
Aqueles mais bem informados sabem que ex-governantes da Alemanha e da França, respectivamente Angela Merkel e François Hollande, mais ou menos propositalmente “deram com a língua nos dentes” e entregaram que os acordos (chamados “protocolos”) de Minsk para um cessar-fogo entre a Ucrânia e as então repúblicas separatistas do Donbass não passaram na verdade de artimanhas para dar tempo à Ucrânia para se armar a ponto de poder enfrentar militarmente a Rússia.
Disso os russos sempre souberam, tendo lhes sido conveniente fazer “vista grossa” esses anos todos, porque eles igualmente ganharam tempo para se preparar para a sua guerra – não esta guerra contra a Ucrânia, mas uma guerra contra a OTAN e os Estados Unidos (inclusive nuclear, se vier a ser o caso).
Os russos têm plena consciência de já estarem (há décadas) travando uma guerra indireta (informacional/midiática, econômica, e mesmo militar “por terceiros” – proxy wars) contra a OTAN e os Estados Unidos, e assim para eles a Ucrânia é etapa, e não culminação, nesta guerra. Por saberem dos elevados riscos envolvidos em uma guerra total contra o Ocidente, os russos teriam preferido contar com mais tempo para poder se preparar ainda melhor, porém a iminência de um ataque da Ucrânia às então repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, em fins de fevereiro de 2022, obrigou a Rússia a atacar primeiro, frustrando os planos ucranianos de invasão. Não obstante, os preparativos da Rússia para a guerra final contra o Ocidente prosseguem em ritmo acelerado (isso fica patente ao longo do vídeo acima mencionado).
Desconhecer os possíveis desfechos da guerra
Como exposto, trata-se de uma guerra (entre Rússia e Ucrânia) explícita dentro de outra guerra (entre Estados Unidos e Rússia) implícita, não devendo assim a busca da “paz” para a guerra da Ucrânia ser considerada em separado da guerra maior que a engloba.
A guerra entre Rússia e Ucrânia somente teria espaço para negociações de paz se os beligerantes estivessem perdendo mais do que ganhando com o passar do tempo. Mas no momento os americanos estão confortáveis com os ônus arcados pelos russos, enquanto que os russos prosseguem no seu atual plano de extenuação das forças ucranianas até o ponto em que possam passar à ofensiva sem maiores perdas. Então de nenhum dos lados haveria hoje disposição para a paz.
Já a guerra de fundo entre Estados Unidos e Rússia, existencial para ambos conforme expusemos, somente admite um dentre três desfechos: colapso da Rússia (e, na sequência, da China, que passaria automaticamente a próximo alvo), colapso dos Estados Unidos ou guerra nuclear – sendo que nada garante que uma dentre as duas primeiras não leve também à terceira.
Não procurar antever as consequências da guerra
Seja qual for o desfecho, as consequências, para o mundo todo, serão brutais.
Uma derrota militar da Rússia na Ucrânia levaria a um enfraquecimento do governo Putin e mais cedo ou mais tarde à queda do mesmo, ocasião em que o Ocidente se apropriaria direta ou indiretamente da Rússia e a desmembraria, partindo em seguida para fazer o mesmo com a China.
Uma derrota militar dos Estados Unidos na Ucrânia (é isso o que uma derrota da Ucrânia significaria) aceleraria, sucessivamente, os processos de emancipação de países que ainda gravitam na órbita americana por receio do poderio militar de Washington; de abandono do dólar como moeda de referência para o comércio mundial; e da fadiga das condições para refinanciamento do déficit público americano, o que levaria a uma crise econômica sem precedentes nos Estados Unidos e ao fim das instituições naquele país tal como as conhecemos – senão ao fim do próprio país.
Reiteramos a consideração feita quanto a que o governo Lula, afora ponderar os riscos de vir a assumir uma empreitada (a de buscar mediar uma solução para a guerra da Ucrânia) de baixíssima chance de sucesso, busque dotar o governo, seja no GSI (seu local original) ou em outro órgão assessor, de uma área de inteligência voltada ao acompanhamento da geopolítica e das transformações econômicas mundiais, de modo a se manter minimamente informado quanto aos trancos e às rupturas que inevitavelmente virão.
Que Deus ilumine o presidente Lula e o Brasil nessa quadra que será difícil e sofrida para o mundo e para a Humanidade.
*Ruben Bauer Naveira é ativista político. Autor do livro Uma nova utopia para o Brasil: três guias para sairmos do caos [disponível em http://www.brasilutopia.com.br].
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