Ilustração: Chen Xia/GT
Por Global Times
De acordo com a definição da ONU, a soberania nacional é "um princípio fundamental do direito internacional que rege as relações internacionais, que afirma a independência e a autoridade dos Estados para governar sua jurisdição doméstica". A soberania nacional é algo que todos os países desejam, mas, infelizmente, no mundo real é muito difícil para alguns países obterem ou manterem.
No domingo, quando o Ministro das Relações Exteriores chinês Wang Yi conversou por telefone com o Ministro das Relações Exteriores iraniano em exercício Ali Bagheri Kani a pedido, ele expressou o apoio da China ao Irã na salvaguarda de sua soberania, segurança e dignidade nacional de acordo com a lei. Wang disse que a China se opõe firmemente e condena veementemente o assassinato de Ismail Haniyeh, um dos principais líderes do Hamas, na capital iraniana, Teerã, acreditando que isso viola gravemente as normas básicas que regem as relações internacionais, infringe seriamente a soberania, segurança e dignidade do Irã, prejudica diretamente o processo de negociação do cessar-fogo de Gaza e choca a paz e a estabilidade regionais. A
declaração de Wang reflete a posição e os princípios consistentes da China em assuntos internacionais, que é respeitar a soberania, independência e integridade territorial de todos os países. Ao mesmo tempo, também mostra que a China está cautelosa com qualquer comportamento que viole o princípio da soberania, independentemente do motivo ou do país que comete a violação.
A postura da China contrasta fortemente com a de alguns países ocidentais. O caos e a escalada de tensões no Oriente Médio são causados e alimentados por certos países ocidentais, particularmente os EUA, que não respeitam a soberania de países como Palestina e Irã, e permitem que forças violem a soberania dessas nações. Ao longo da história, grandes conflitos e crises surgiram de países individuais que desconsideraram a soberania de outros e interferiram em seus assuntos internos. A chave para resolver esse caos e estabelecer as bases para a paz é, antes de tudo, mostrar respeito pela soberania.
Wang também renovou o apelo da China por esforços conjuntos para diminuir as tensões no Oriente Médio. A China está desempenhando um papel cada vez mais ativo na promoção da paz no Oriente Médio e isso está sendo valorizado pelos países da região, pois a China não escolhe lados, o que ajuda todas as partes a promover sinceramente a resolução de problemas.
No entanto, o Ocidente sempre vê a mediação e a posição da China nos conflitos Israel-Palestina e na questão Rússia-Ucrânia através de uma lente geopolítica, falhando em compreender a mentalidade mais ampla da China na resolução dessas tensões regionais, que é salvaguardar a base das relações internacionais.
"Quando o Ocidente fala sobre o conflito Rússia-Ucrânia, ele frequentemente foca somente em criticar as ações da Rússia contra a Ucrânia em uma tentativa de desacreditar a Rússia. Entretanto, ele falha em reconhecer que as ações da Rússia foram em resposta à expansão da OTAN para o leste. Ao tentar resolver os conflitos, a China defende avaliar a situação com base no contexto histórico e nos méritos da questão", disse Zhang Chuchu, vice-diretor do Centro de Estudos do Oriente Médio da Universidade Fudan, ao Global Times.
"Seja o conflito entre a Rússia e a Ucrânia ou o entre a Palestina e Israel, a base de todas as posições da China na promoção da paz e da negociação é que todas as partes respeitem o princípio da soberania", disse Cui Heng, pesquisador do Centro de Estudos Russos da Universidade Normal do Leste da China.
Nas relações internacionais, o comportamento de um país depende de seus interesses nacionais, mas o comportamento nacional irrestrito frequentemente se torna a causa de conflitos internacionais e dificulta o desenvolvimento de uma ordem internacional mais justa e razoável. Somente quando os países restringem seu próprio comportamento de acordo com normas internacionais, como o princípio da soberania, a ordem mundial com a ONU no centro pode ser fortalecida e a política de poder pode ser enfraquecida.
"Promover que os países respeitem a soberania e a integridade territorial uns dos outros internacionalmente é um reflexo do novo conceito de segurança da China e dos esforços e contribuições da China para construir um ambiente internacional pacífico", disse Zhang.
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