terça-feira, 25 de março de 2025

A panelinha do Bolsonaro no banco de réus?



Começou o julgamento mais importante do Brasil desde a sua redemocratização, no qual o STF vai decidir se Bolsonaro e seus comparsas das Forças Armadas ficarão sentados ou não no banco de réus.

O cenário político e a opinião pública nunca foram tão planejados à proteção de quem atenta contra a democracia, muito diferente do clima pós-ditadura militar, em que torturadores brutais foram anistiados e seguem sendo sustentados até hoje com nossos impostos.

O que está no jogo agora não é apenas a prisão de um ex-presidente, mas sim da cúpula de um governo de extrema direita que usou o próprio aparato do Estado para tentar destruí-lo.

Estamos também prestes a presenciar, pela primeira vez, militares sendo responsabilizados pelos seus crimes violentos contra o Estado Democrático de Direito, sendo um deles, inclusive, o general quatro estrelas Braga Netto.

Mas essa vergonhosa impunidade dos milicos finalmente nos veio a calhar, pois, condenados de que seriam bem-sucedidos em sua intenção golpista, Bolsonaro e sua gangue deixaram um rastro inesgotável de evidências que facilitaram uma investigação.

Diante da montanha de provas avassaladoras contra os indiciados, só uma coisa pode ficar no caminho da justiça e atrasar as prisões: a parceria entre as Forças Armadas reacionárias e a grande mídia, que remonta à ditadura de 1964.

Não podemos deixar que a mídia golpista e os políticos de extrema direita sequestrem novamente nossos direitos humanos e nossa liberdade. O Intercept continuará de olho em quem ataca o julgamento — e fazendo pressão direta sobre o STF para que tudo siga nos conformes da lei. Podemos contar com você neste momento histórico?

As tentativas de deslegitimar o trabalho da PGR e do STF já começaram em jornais como Metrópoles e Folha de S.Paulo, que chegaram a dar espaço para os advogados de Braga Netto escreverem um artigo com esse objetivo.

A intenção não é inocentar os 33 acusados, eles sabem muito bem que não há como contestar a denúncia com mais de 272 páginas de provas, provas e depoimentos.

O que querem mesmo é causar tumulto para arrastar o julgamento até as eleições de 2026, usá-lo como moeda política, emplacar seus candidatos de extrema direita na Presidência e no Senado e, assim, dar continuidade ao golpe que iniciaram.

O tempo em que era preciso usar tanques para dar um golpe ficou para trás. Hoje, basta conquistar o poder espalhando medo e mentiras nas eleições e, então, já com os recursos do Estado em mãos, destruir a democracia por dentro. Foi o que planejamos fazer em 2023 e não podemos permitir que isso aconteça novamente! Na próxima tentativa, eles poderão ter sucesso.

Obrigada,
Equipe Intercept Brasil






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