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1 – Valores e interesses
Dizia De Gaulle, parece que parafraseando o cardeal Richelieu, que em política externa não há ideologias, há interesses. Esta questão altera-se no mundo unipolar, em que os interesses do hegemônico se sobrepõem aos dos demais. O "atlantismo" é – mais propriamente, era – uma vertente do mundo unipolar, significando a subordinação de políticos e burocratas da UE aos "interesses" dos EUA, esperando com isso participar da exploração global.
Neste contexto, as ações procuram ser justificadas por "valores", numa ética dual e conjuntural, como máscara para os interesses resultantes do mundo unipolar poderem ser apresentados com legitimidade. Desligada das realidades, esta ficção exacerbou as contradições próprias do sistema capitalista, arrastando a "Europa" para situações que apenas a degradaram.