JOSE CARLOS DE ASSIS // http://www.brasil247.com/
Os proponentes do impeachment são
assassinos sociais. No ano passado, por conta de intrigas alimentadas pelo TCU
e pelo TCE, perdemos o ano na medida em que toda iniciativa do Executivo para
retomar a economia era esmagada pela grande mídia ou pelo Congresso.
Entretanto, quem realmente perdeu o ano não foram políticos com mandatos,
integrantes dos tribunais superiores, membros do TCU, ou donos da mídia, todos
com empregos e rendas resguardados “constitucionalmente”. Foi a sociedade
brasileira. Foi o povo. O trabalhador.
Vão agora estender a intriga do
impeachment ao ano de 2016. Será outro ano perdido para o povo. Mais
desemprego, mais queda de renda, menos esperança. Enquanto isso os fomentadores
do caos continuarão agindo como vampiros, esgotando até a última gota as energias
da maior parte da sociedade que não verá saída para seu desespero a curto
prazo. A mídia continuará alimentando o caos, sempre sob o pretexto de combater
a corrupção mas na verdade combatendo a viabilidade de uma saída econômica e
política para o país.
É hora de quebrar esse círculo
vicioso em que forças irresponsáveis, que cuidam exclusivamente de interesses
próprios espúrios, arrastam a sociedade para um beco sem saída. É fundamental
que as forças sociais tomem consciência da manipulação a que estão sendo
submetidas e se rebelem contra a opressão midiática mancomunada com interesses
externos que querem manter o Brasil num regime de servidão financeira,
capitaneado pelos bancos e seus asseclas no próprio Banco Central.
É preciso tomar consciência de
que, ao lado dos assassinos políticos da sociedade, estão, como seu instrumento
eficaz, os assassinos financeiros. Este é, na verdade, o papel do Banco Central
na economia e na sociedade brasileira. Mediante a arbitragem de taxas de juros
extorsivas, ele promove a transferência de renda de pobres para ricos, assim
como de brasileiros em geral para o exterior. É que, munido de uma carta de
autonomia concedida pelo governo FHC, o Banco Central não precisa de prestar
contas a ninguém, a não ser a si mesmo.
Quem impede, assim, que os
diretores do Banco Central realizem seus interesses, e não os interesses do Brasil? Quem, para ser muito
claro, os impede de entrar em conluio com os banqueiros para se enriquecerem
pessoalmente nas operações financeiras que comandam, principalmente com os
chamados derivativos? Quem, para ser ainda mais claro, os impede de roubar
diretamente para si e para os bancos? Recorde-se que a diretoria da Petrobrás
tinha no mínimo cinco ladrões. Quantos não terá a diretoria do BC, com os bilhões
que manipula?
Essa situação não se resolverá de
forma simples. É necessária uma ação vigorosa dos poderes da República a partir
da regeneração deles próprios. No momento certo, creio eu, deveremos ter uma
Constituinte com esse objetivo. Até lá, nossa intenção é reforçar a Aliança
pelo Brasil a fim de termos um instrumento comum de parlamentares e da
sociedade civil com dois objetivos centrais: 1) evitar o impeachment com suas
consequências nefastas, e 2) exigir da Presidenta a adoção de uma política
econômica progressista, promovendo em grande estilo o funeral do plano Levy.
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