Quero cantar um canto que faça mulher sorrir, não uma mulher indefinida, mas todas as mulheres do Brasil.
Essas que vão à bica lavar roupa e depois ao fogão fazer comida.
Aquelas que dão a teta ao filho e alimentam o futuro da nação.
As que lutam na fábrica, na repartição, no balcão... depois peleiam no lar, na extenuante jornada dupla, imposta, mas raramente reconhecida.
As tantas prostituídas pelas injustiças e desigualdades perpetradas pelos homens de uma sociedade machista e insensível.
Quero cantar um canto que, singelamente, reconheça a grandeza da mulher de nossa terra.
É ela quem dá aos homens, a lição de ser homem.
É ela quem orienta a vida na terra, não se importando com o cruel
obscurantismo que lhes impomos.
É a mulher que por atos e palavras ilumina os caminhos da humanidade, enredando um povo mais solidário; uma vida mais solidária, nações mais solidárias.
Quero cantar um canto em que os homens, todos os homens, reconheçam:
A mulher amiga,
A mulher amante,
A mulher camarada,
A mulher companheira,
A mulher parceira,
A mulher... mulher.
Omar – verão 1988
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