segunda-feira, 31 de março de 2025

No 31 de março, a 'sensatez' de Bolsonaro e a defesa da democracia turca

Jair Bolsonaro - 06/03/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

“Os jornalões nem tentaram esconder que continuam obedientes à extrema direita e ao golpismo", escreve o colunista Moisés Mendes

Moisés Mendes

No dia do aniversário do golpe de 64, a Folha busca alguém que, nessa hora de desatinos, expresse alguma sensatez em defesa da democracia. E apresenta Bolsonaro em editorial principal como exemplo de bom senso, a partir de uma declaração do golpista ao próprio jornal.

O líder do golpe é o sensato do momento, segundo a Folha, que publica o seguinte: "É nesse ponto que Bolsonaro, conscientemente ou não, faz observações sensatas”.

A nova indústria cultural

Imagem: Brett Sayles

BRUNO BONCOMPAGNO*

O monopólio é a tendência unívoca do capitalismo. A outra tendência do capital é desenvolver maneiras de maquiar sua dominação do cotidiano

1.

A passividade é a maior arma utilizada, depois da proibição do ópio, por uma minoria que é, mesmo odiando-o e desejando seu mal, dominante no Brasil. Não os chamarei de brasileiros, não merecedores dessa honra. Merecem, realisticamente, muito menos do que tem — ou, sendo otimistas, muito menos do que nada. São um contingente tão esdrúxulo, nefasto, de pessoas sem alma, alheias ao sentimento cívico da cidadania, da humanidade no geral. Todavia, possuem todo o resto imaginável dessa sociedade cuja lógica, estéril e infeliz, é melancólica.

Os arquivos JFK e o curioso caso do excepcionalismo israelense

© Foto: Redes sociais

Kayla Carman

Em uma sociedade verdadeiramente liberal e democrática, discussões difíceis devem ser encorajadas.

Com a recente divulgação dos arquivos de JFK, o Twitter — desculpe, X — está em chamas com detetives amadores vasculhando o despejo de documentos com mais fervor do que um Shaggy especialmente chapado devorando biscoitos Scooby. A pergunta na boca de todos: quem fez isso? A resposta continua elusiva, dada a falta de uma arma fumegante definitiva, mas o que está claro é que a teoria do atirador solitário é duvidosa na melhor das hipóteses. O que está claro é que Kennedy conseguiu perturbar muitas pessoas importantes, e a lista de suspeitos continua extensa.

A fraqueza transacional desequilibra o equilíbrio de poder – 'Não se apegue a ilusões; não há nada além desta realidade'

© Foto: Domínio público

Alastair Crooke
strategic-culture.su/

Um 'reequilíbrio' econômico dos EUA está chegando. Putin está certo. A ordem econômica pós-Segunda Guerra Mundial 'acabou'

O resultado geopolítico pós-Segunda Guerra Mundial efetivamente determinou a estrutura econômica global pós-guerra. Ambos estão passando por uma grande mudança. O que permanece preso, no entanto, é a weltanschauung geral (ocidental) de que tudo deve "mudar" apenas para permanecer o mesmo. As coisas financeiras continuarão como antes; não perturbe o sono. A suposição é que a classe oligarca/doadora cuidará para que as coisas permaneçam as mesmas.

A prisão de Lula e a prisão de Bolsonaro


Natalia Viana

Havia muita gente que sugeria que ele fosse para uma embaixada, que fugisse do país. Mas ao contrário: no dia 7 de abril de 2018, Lula decidiu se entregar à Polícia Federal e ir para a prisão, deixando um legado inamovível para a democracia brasileira. Claro, raposa velha, cercado de partidários, ele fez da prisão um momento de impacto político duradouro – a foto em que ele está rodeado de apoiadores, que lutam para tocar a sua mão, virou um ícone da batalha que se seguiria pela sua libertação. Mas, ao se dirigir à sede da Polícia Federal em Curitiba e não ao exílio, Lula também depositou enorme confiança na Justiça brasileira. “Estou aqui para brigar pela decência, pela inocência e por justiça. E sonho que esse país vai ter Justiça. O dia em que tiver justiça, serei inocentado”, disse em entrevista à Agência Pública durante a detenção.

Musk tem uma ideia linda: posso ir a Marte, que fará parte dos Estados Unidos

Musk discursa em comício em 30 de março. Bloomberg

Fonte: Observer.com
[Texto/Rede de Observadores Xiong Chaoran] 

Em 30 de março, horário local, o bilionário e magnata da tecnologia americano Musk discursou em um comício do "Comitê de Ação Política Americana" (America PAC) financiado por ele, e mais uma vez mencionou os comentários sobre "marchar em direção a Marte", o que despertou grande atenção.

Quando nascer e parir viram mercadoria

Créditos: Unsplash

Socióloga e parteira examina o trabalho envolvido no parto e como a lógica da produtividade invadiu maternidades, multiplicando cesáreas. Vê o fetichismo em torno das tecnologias do parto – e como cria-se a ideia de risco para vender procedimentos

Anna Fielder em entrevista a Ana Vračar, no People’s Health Dispatch | Tradução: Gabriela Leite

Sob a influência do capitalismo, todos os aspectos da vida humana – incluindo o parto – são moldados por sua lógica. No entanto, em comparação com outras áreas da saúde e cuidados, o impacto do capitalismo nas práticas de parto permanece pouco explorado. Nesta entrevista, a socióloga e ex-parteira Anna Fielder, autora britânica de Going Into Labour [“Em trabalho de parto”, em tradução livre], examina como o capitalismo influencia o trabalho de parto e o nascimento, e como esses espaços também se tornaram locais de resistência.

Governo de Porto Alegre faz caixa e superávit com confisco salarial

Sebastião Melo (Foto: Alex Rocha/PMPA)

De maio de 2016 a janeiro de 2025 os funcionários públicos da capital gaúcha acumularam perdas financeiras consideráveis

Jeferson Miola
brasil247.com/

O atual governo de Porto Alegre aprofundou a política das últimas gestões da cidade, de fazer caixa e alcançar superávits orçamentários confiscando o salário dos funcionários da Prefeitura Municipal.

De maio de 2016 a janeiro de 2025 os funcionários públicos da capital gaúcha acumularam perdas financeiras consideráveis, porque os sucessivos governos descumpriram a Lei Orgânica do Município e não fizeram a reposição anual do índice de inflação, o que caracteriza confisco de parcela dos salários.