A Organização Mundial da Saúde certificou Cuba como
o primeiro país do mundo que venceu o desafio de eliminar a transmissão do
vírus HIV de mãe para filho.
Por Cuba Salud // www.cartamaior.com.br
A Organização Pan-americana de Saúde (OPS,
escritório regional da mundial OMS) entregou a Cuba a primeira certificação do
mundo que a credita como país que venceu o duplo desafio de eliminar a
transmissão do vírus HIV de mãe para filho, e também a sífilis congênita.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi quem
certificou o país caribenho. Segundo a entidade, Cuba é o primeiro país do
mundo a eliminar a transmissão do vírus da AIDS e da sífilis de mãe para filho.
Segundo a OMS, a cada ano, cerca de 1,4 milhão de
mulheres com HIV ficam grávidas no mundo, e se não recebem tratamento, as
possibilidades de que transmitam o vírus aos seus bebês durante a gestação,
parto ou lactância oscilam entre 15 e 45%. Por isso é muito importante cortar
esse círculo vicioso que ajuda na propagação de um vírus que a medicina mundial
tenta combater há décadas, sem encontrar ainda uma cura que seja efetiva.
A cubana Yunaisy Rodríguez foi infectada com HIV, o
que descobriu durante um controle de saúde de rotina, no Centro Policlínico
Bernardo Posse, em Havana. Mas ela queria ter outro filho.
“Eu adquiri a doença, mas meu marido queria ter
outro filho, e eu também, e graças a Deus, com a ajuda dos médicos, meu bebê
nasceu saudável”, contou ela.
Rodríguez é uma das 2,6 mil mulheres entre 15 e 49
anos que vivem com HIV em Cuba, mas que não contagiaram seus bebês com o vírus
graças ao tratamento que recebem.
A cerimônia de entrega do certificado foi realizada
na sede da OPS, em Washington, capital dos Estados Unidos. Durante o evento,
Cuba recebeu a primeira o prêmio por ser ter vencido o desafio de eliminar a
transmissão do HIV e da sífilis congênita em casos de mãe para filho.
O número de crianças que nascem a cada ano com HIV
no mundo foi reduzido quase à metade nos últimos cinco anos – passando dos 400
mil registrados em 2009 aos 240 mil de 2013, uma cifra, em todo caso, ainda
distante do objetivo da OMS, de que as novas infecções infantis sejam menos de
40 mil por ano, a que esperam alcançar no balanço final deste 2015.
Tradução: Victor Farinelli
Créditos da foto: EBC
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