O jornalista finge desconhecer que a Petrobras tem
apresentado lucro constante desde 1991, só interrompido em 2014 e 2015 devido a
ajustes contábeis que não afetam o caixa da empresa, hoje de US$ 25 bilhões, o
maior de todas as petroleiras do mundo
Conteúdo especial do projeto do Brasil Debate e SindipetroNF Diálogo Petroleiro
Cláudio da Costa Oliveira //http://brasildebate.com.br/
O jornalista Carlos Alberto Sardenberg publicou
artigo no último dia 28/04 no qual mostra total inconsequência e falta de
conhecimento para falar sobre a Petrobras. Na sua tentativa de buscar
justificativas, por interesses sombrios, para o atual plano de venda de ativos
por que passa a empresa, busca denegrir o nome da companhia com informações
descabidas e inverídicas.
Não sabemos quais são as fontes de informação do
sr. Sardenberg, mas certamente não vem dos balanços publicados e nem dos fatos
relatados no site da empresa.
Na verdade, acreditamos que o sr. Sardenberg não
precisa de fonte de informação, pois ele cria a informação da maneira que bem
entende, para alcançar seus objetivos sorrateiros.
Sabemos muito bem que nossos artigos ficam muito
longe de alcançar a audiência dos artigos deste cidadão, mas pelo menos
queremos fazer nossa parte na defesa do nome da Petrobras e no esclarecimento
da classe petroleira.
Sem a menor vergonha o referido jornalista afirma:
“Quebraram a
estatal. Vamos falar francamente: a Petrobras só não está em pedido de
recuperação judicial porque é estatal. Todo mundo espera que, em algum momento,
o governo imprima dinheiro para capitalizar a empresa.”
Parece que o referido jornalista finge desconhecer
o fato de que a Petrobras tem apresentado lucro constante desde 1991, o que só
foi interrompido agora em 2014 e 2015 devido a ajustes contábeis (impairments)
altamente contestados, mas que na verdade são apenas registros econômicos que
não afetam o caixa da empresa.
Que juiz vai conceder recuperação judicial para uma
empresa que tem US$ 25 bilhões em caixa? O maior caixa de todas as petroleiras
do mundo.
Que juiz vai conceder recuperação judicial para uma
empresa que gasta US$ 20 bilhões por ano com investimentos?
Que juiz vai conceder recuperação judicial para uma
empresa para a qual o Banco de Desenvolvimento da China abriu linha de crédito
de US$ 10 bilhões, recebendo como garantia apenas a promessa de fornecimento
futuro de petróleo?
Se tem alguém esperando que o governo faça alguma
capitalização para “salvar” a Petrobras, é bom avisar que tenham paciência,
pois vão esperar muito. Em entrevista após a publicação do balanço de 2015, o
presidente Bendine reconheceu: “O caixa da empresa cobre suas necessidades até
o final de 2017”.
Soma-se a isto o fato do fluxo de caixa projetado
pela companhia para 2016 indicar que, somente neste exercício, a Petrobras vai
gerar operacionalmente mais de US$ 22 bilhões de caixa.
O referido jornalista vai mais longe e sugere:
“O presidente da companhia também deveria ser
procurado no mercado. Inclusive no mercado internacional. Qual o problema de se
colocar executivo chinês ou norueguês tomando conta da Petrobras?”
Evidentemente, evitando sugerir diretamente a
privatização da Petrobras, ao que tudo indica o jornalista quer ir por etapas.
Afirma, ainda:
“A companhia tem problemas em todos os lados,
inclusive de excesso de pessoal e de pessoal mais bem remunerado que no
mercado”
O jornalista esquece de dizer que este excesso de
pessoal bem remunerado está extraindo petróleo no pré-sal num custo abaixo de
US$ 10, o mais baixo entre todas as majors.
Na verdade, como já falamos outras vezes, a
Petrobras continua produtiva e lucrativa. Apesar dos problemas de corrupção e
políticos, a empresa na essência é a mesma.
No próximo dia 12 será divulgado o resultado do 1º
trimestre de 2016. Sabemos que em 2016 ainda estão previstos pagamentos de
“garantias judiciais” referentes a problemas pretéritos, que nada têm a ver com
a operação da empresa, no montante de US$ 5 bilhões.
Esperamos que tais pagamentos não sejam feitos de
uma só vez neste trimestre. Mas, qualquer que seja a decisão, o balanço vai
mostrar uma empresa economicamente sustentável com forte geração de caixa, o
que incomoda a alguns jornalistas.
Crédito da foto da página inicial: Portal Brasil
Cláudio da Costa Oliveira
É economista aposentado da Petrobras
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