Jornal GGN – O deputado distrital Raimundo Ribeiro (PPS), afastado de suas funções na Mesa da Câmara por suspeita de participar de um esquema de corrupção envolvendo o desvio de emendas parlamentares da saúde, é pai do juiz da Vara de Execuções Penais que ganhou destaque na imprensa após atuar no caso de José Genoíno.
Preso no mensalão, o petista passou a ter problemas de saúde e sofreu resistência do Judiciário para obter o direito de pagar sua pena em regime domiciliar.
À época, o juiz Bruno Ribeiro, que pegou casos do chamado mensalão após o juiz anterior ser considerado muito “benevolente” com os réus, foi criticado por quase deixar Genoíno morrer na prisão.
Um blog ligado a Raimundo Ribeiro foi denunciado por publicar texto dizendo que Genoíno inventava doença para “escapar do xadrez”. O 247 apontou que esporte favorito do Ribeiro pai era usar programa de rádio para falar mal dos “mensaleiros”, denotando que o Ribeiro filho deveria declarar-se juiz suspeito.
Após o escândalo na Câmara, o PPS do Distrito Federal informou que Raimundo Ribeiro seria afastado de suas funções na executiva do partido. Celina Leão, outra deputada distrital também investigada pela polícia foi afastada da presidência da Câmara e igualmente do PDT. Célia era do PSDB na época das supostas negociações do esquema e Ribeiro, do PSDB.
Celina Leão, segundo a apuração, articulou um esquema de pagamento de propina e desvio de recursos de emendas parlamentares que seriam usados para pagar contratos de gestão de UTIs.
Nos áudios feitos por Liliane Roriz e entregue a investigadores, Celina fala sobre mudança de finalidade de uma emenda parlamentar que direcionou R$ 30 milhões da sobra orçamentária da Câmara a um grupo de seis empresas que prestam serviço de UTI. Parte dos recursos foram repassados a deputados da Mesa Diretora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
12