Jornal GGN - Na manhã de ontem (17), um grupo de maçons fez um ato criticando o governo e a corrupção, no Salão Verde da Câmara dos Deputados. O grupo gritou palavras de ordem como "Fora PT", "Fora Lula", e "masmorras do comunismo". O ato também contou com a presença de deputados da oposição que também fazem parte da Maçonaria.
Entre os parlamentares, estavam Izalci (DF) e Domingos Sávio (MG), ambos do PSDB. "A maçonaria sempre esteve presente em todos os momentos e não vai parar enquanto não ver o país livre dessa quadrilha", afirmou o deputado mineiro.
Do O Globo
Protesto contra corrupção contou com deputados da oposição e reuniu 250 pessoas
Um grupo de maçons de todo país fez, no final da manhã desta quarta-feira, um ato contra “a corrupção e o desgoverno” no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Com ternos pretos e alguns com luvas brancas, eles fizeram um grande círculo, ficaram em silêncio por um tempo, sussurram a palavra “fora” em movimento parecido com a brincadeira de criança telefone sem fio e, ao final gritaram: "liberdade, fraternidade, viva o Brasil!". O ato teve a presença de deputados da oposição que também são maçons e que engrossaram os discursos críticos ao governo Dilma e ao PT. Entre as palavras de ordem gritadas estavam “Fora PT” e “masmorras ao comunismo”.
Entre os deputados que participaram do protesto, estavam os tucanos Izalci (DF) e Domingos Sávio (MG), que discursaram após a fala do porta-voz do movimento, Nilton Caccaos. Segundo Caccaos, o ato é do grupo Avança Brasil Maçons BR, contra a corrupção e o desgoverno e reuniu 250 integrantes de vários estados.
— É pela primeira vez que reunimos uma grande parcela da ordem, representada aqui por todos os estados. Vieram irmãos do Rio Grande do Sul e até do Pará. O nosso recado é muito claro: nós não aceitamos o nível de corrupção que chegou. Uma corrupção para um projeto criminoso de poder — disse o porta-voz do movimento.
Segundo os maçons, as luvas brancas simbolizam as mãos limpas, honestidade, pureza. Durante os discursos, alguns gritavam “Fora PT” e “Fora corrupção”. Os deputados tucanos discursaram com críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff.
— A maçonaria sempre esteve presente em todos os momentos e não vai parar enquanto não ver o país livre dessa quadrilha — disse Domingos Sávio.
No fim dos discursos, mais gritos do grupo: “fora comunismo”, “masmorras ao comunismo”, “liberdade e morte”. Também houve gritos de “Fora Lula” e “Sérgio Moro estamos com você”.
Alguns petistas em plenário reclamaram da manifestação e os maçons reagiram, com gritos e acusações. O deputado Paulo Foletto (PSB-ES) estava na tribuna e teve dificuldade de falar. Houve uma pequeno bate boca entre um maçom que estava na galeria e deputados em plenário.
À tarde, o deputado Izalci leu, no plenário da Câmara, o manifesto do grupo.
Por LN
Meu pai foi maçom, levou meu avô materno para a maçonaria. Depois deixou a maçonaria para poder se casar na Igreja. Meu avô saiu também, pressionado pela minha avó carola. A maçonaria já tinha perdido expressão política e competia, então, com clubes de serviço como o Rotary e o Lions. Por isso, jamais imaginei que tentasse recobrar o espírito conspiratório que estimulou os militares positivistas do século 19.
Na semana passada conversei longamente com um jornalista português. Lá pelas tantas, me indagou sobre o papel da maçonaria aqui. Me disse ele que em Portugal a maçonaria é peça central na luta política contra o antigo governo socialista de Cavaco Silva. A outra perna é o Ministério Pùblico.
A Procuradora Geral, segundo ele, a cada dia inventa um factoide contra Cavaco. Está há um ano preso para investigações. É o vice-primeiro-ministro do partido contrário foi envolvido em um escândalo de compra de submarinos que, na Alemanha, já resultou em prisões. Em Portugal, não é apenas blindado pelo Ministério Público como exaltado pela imprensa de Lisboa.
Desabafo dele:
- É evidente que tem que investigar Cavaco Silva. Mas a maneira como fazem, de inventar uma história por dia e de poupar o outro lado, é revoltante.
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