Presidente do Brasil compareceu à abertura das Olimpíadas, clandestino, por João Sucata

Esporte Bretão

Presidente do Brasil compareceu à abertura das Olimpíadas, clandestino

por João Sucata // http://jornalggn.com.br/

Olimpíadas: perfeição, vira latas, mídia e discriminação do futebol

Felizmente vai tudo bem com as Olimpíadas. Por ocasião da Copa do Mundo, pensando em prejudicar a presidente Dilma, grupos de direita ameaçaram até sua realização (“não vai ter Copa”). Impressionante onde chega o sectarismo doentio, apostando não quanto pior melhor. Foda-se o país, torcedores etc.

Tivemos alguns chiados desse gente contra os jogos, do setor que tem o complexo do vira lata. Claro que tem que ser discutido se era oportunidade de se ter jogos tão caros no país. Mas quando assumiu compromisso de realizá-los o astral era outro, quem poderia imaginar o que aconteceria depois dos governos de Lula? Aliás, se não desse certo, a culpa seria exclusivamente dele, enquanto estiver dando certo, ele sequer é citado entre os responsáveis por trazer o evento ao país.

Estamos em momento importante, temos, mais de 10 mil atletas e meio milhão de turistas nos visitando. Assumimos um compromisso, que teria que ser cumpridos ainda que não houvesse benefícios evidentes. Claro que temos que apurar e punir corrupção. Mas isso não pode prejudicar o evento.

Tivemos uma bela festa na abertura. Faltou uma escola de samba, uma das maiores criações culturais do país. Não obstante, os organizadores da festa de abertura foram competentes, festejaram a integração, lembraram os imigrantes, a receptividade que tiveram. O ponto negativo foi a presença da repressão e do interino. A repressão proibiu cartazes de protesto. Na Copa do Mundo eles eram contra Dilma, comemorados, recebiam amplo espaço nas câmaras de TV. Agora são inconvenientes. Temer esteve no estádio, clandestino. A organização não falou seu nome nas cinco horas de duração, nem mesmo quando ele foi declarar aberta as Olimpíadas. Muito menos deixou sua imagem aparecesse. Não foi citado no estádio, mas o foi na mídia, ou seja, falou a ouvintes, telespectadores, salvou-se de vai histórica. No estádio poucas pessoas perceberam a jogada. Nos jornais de TV e nos jornalões impressos, apenas a Folha de São Paulo noticiou o presidente oculto e a vaia em 1º página. Lembremos que Dilma foi vaiada na abertura da Copa e isso foi manchete por vários dias, repetidamente citado em rádios e jornais de TV. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, deveriam explicar os jornais.

Os jogos, porém, continuam acontecendo, interessantes. Mostram a perfeição que o corpo, a agilidade, o instinto, a vontade, a aplicação, podem chegar na busca da perfeição. É de se perguntar se isso está correto. Alguns dos jogadores estão longe demais da média possível para um ser humano normal. Crianças são treinadas desde a infância, todos os dias, para atingir perfeição na ginástica artística, também achei um exagero a tecnologia usada no arco e flecha, canoagem, há esportes demais, alguns que poucos conhecem. Entre os grandes vencedores, há evidente crescimento da China, estabilização dos americanos, decadência de russos e cubanos. Estes últimos não são mais os mesmos, Muitos jogos porém, são benéficos ao corpo e mente, são lúdicos e divertidos, melhor ainda quando coletivos, com participação de vários jogadores.

Há um erro evidente no fato de esportes como natação, boxe, judô, distribuírem dezenas de medalhas a atletas individuais e o futebol, disputado por mais de cem países, por onze jogadores em campo e outro tanto de reservas, distribuir três medalhas. No mínimo os campeões deveriam receber onze medalhas. E é pouco.

João Sucata