Nonato Menezes
Um pingo é letra? Pode ser! Mas uma frase pode ser muito mais que um texto. Ou mais que dois. Um livro inteiro, até.
Esta frase “NÃO TEMOS COMO PROVAR, MAS TEMOS CONVICÇÃO”, dita numa coletiva, após o show burlesco de ontem, para incriminar Lula, tem extraordinário significado Político, Jurídico e Moral.
Seu valor Político é importante por fazer parte do jogo de nossas elites para voltarem a ter todo o poder de estado nas mãos. Daí o vale tudo. Da violação constitucional ao cinismo, tudo cabe nesse balaio de hipocrisia. E não nos assustemos se cadáveres aparecerem por aí.
O valor Jurídico está na própria frase. Ela é autoexplicativa. Sem provas?
Quanto à importância moral, não há quem não perceba. Ela representa todo poder constituído no presente momento.
O Poder Executivo foi tomado por uma quadrilha. O que basta.
O Legislativo ganha de longe de qualquer prostíbulo de quinta categoria. Basta relembrar o show do dia 17 de abril último.
O Judiciário, incluindo o Ministério Público, fede em todos os cantos.
De “não tenho prova cabal contra Dirceu, mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite”, a se passar meses com o pedido de afastamento do maior gangster brasileiro da presidência da Câmara, até que a autorização de afastamento da presidenta fosse votada, o ápice é esta expressão que é a principal piada do momento: “NÃO TEMOS COMO PROVAR, MAS TEMOS CONVICÇÃO”.
Haja estômago, fígado, coração...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
12