Amigo Aleilson Soares, Rio de Janeiro, RJ
Neste 20 de outubro de 2016 o mundo lembra de que há 5 anos Barak Obama em visita ao Brasil ordenou de dentro do Palácio do Planalto o assassinato do grande Presidente líbio Muammar Kadhafi, num flagrante desrespeito imperialista e diplomático ao Estado brasileiro.
Num comentário sob um dos meus artigos um analfabeto político ou coxinha ou fascista ironizou de mim sobre os projetos políticos daquele grande estadista e de que sua morte fosse obra da OTAN com os sempre arruaceiros, mercenários e inimigos internos do seu País.
Porém a Sputnik Árabe entrevistou o jornalista favorito do líder líbio, Abdel Baset bin Hamel (veja aqui), que disse exatamente o contrário do que esborrifam os ignaros:
– "A experiência líbia, que continuou por 42 anos sob o governo de Muammar Kadhafi, permanecerá como parte incomparável da história do país. O país passou de forma regular por reformas, porque de vez em quando surgiam problemas na educação, saúde ou infraestrutura. Entretanto, a razão da crise de hoje foi provocada por o país ter começado realizando mudanças (depois dos acontecimentos de 2011), mas não pelas mãos líbias, impostas do exterior com o consentimento internacional. O que aconteceu no país pode ser descrito como a realização dos objetivos individuais das grandes potências"
Continua
Abdel Baset bin Hamel:
– "O fato de a operação em grande escala contra a Líbia não ter visado resolver a crise é evidente, pois os líbios são mortos em Sirte e Benghazi como vacas. Além disso, depois dessa operação militar o povo líbio foi privado de bilhões de dólares."
O jornalista testemunha que o líder líbio foi o único que propôs a criação de um exército único e unido em toda a África para defender seus Países dos saques, das destruições culturais e do roubo de suas riquezas promovidas primeiro pelas colonizações ocidentais e depois pelo imperialismo.
Os jovens se levantaram contra Muammar fazendo passeatas e movimentos contra seu líder da mesma forma como o fizeram em 2013 e 2014 no Brasil contra a Presidenta Dilma Rousseff. Como aconteceu aqui, com os Estados Unidos por detrás das manifestações manipuladas, na Líbia quem manuseou a guerra suja foi a atual presidenciável dos Estados Unidos, Hillary Clinton.
Uma das razões do assassinato de Kadhafi foi a de barrar um modelo de política desenvolvida por ele, de radical respeito às tradições culturais árabes, absolutamente desprezadas e odiadas pelos imperialistas, da mesma forma que odeiam aqui no Brasil um retirante nordestino como Presidente do Brasil e uma guerrilheira, ex presidiária da ditadura e mulher como chefe de nossa Nação.
"Kadhafi conhecia aspetos específicos do seu país, conhecia a estrutura de relações entre as tribos. Não tínhamos divergências na comunidade, entre as tribos e os blocos políticos", disse Abdel Baset bin Hamel, acrescentando que o líder líbio foi capaz de encontrar compromissos, tinha qualidades de líder, era um "fenômeno".
A guerra sob o comando da OTAN, com as patas dos Estados Unidos por trás, matou seu prestigiado Presidente e deixou a Líbia em escombros em termos de desuniões internas profundas de grupos mercenários, fundamentalistas, entreguistas e inimigos daquela Nação, com seu povo na mais extrema miséria.
O mau cheiro dos corpos dos assassinados, a visão da miséria e da pobreza extremas líbios são indícios da política externa dos Estados Unidos para o mundo e para a América Latina, notadamente arruinando nosso País e levando as lideranças populares e democráticas à lama.
A política arrasa Pátria e humanidade é a mesma, embora a tática com os traidores brasileiros que se vendem por pouco para entregar tudo ao imperialismo talvez seja ainda mais imoral e desprezível do que o que aconteceu ao povo líbio.
Por isso o clamor para que nosso povo se levante em insurreição para expulsarmos os golpistas e lacaios imperialistas!
Fora Temer!
Do blog Cartas Proféticas
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