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As técnicas de propaganda em operações policiais
por Assis Ribeiro
A técnica é uma só, e é conhecida para os estudiosos em propaganda e lavagem cerebral - “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.
Nem é preciso tanto. A técnica é que o falseamento seja habilmente criado como verídico no momento oportuno.
Shakespeare já enunciava:
Por isso, entende - se a ânsia do grupo da operação Lava Jato de utilizar milimetricamente cada oportunidade de intensa comoção - do nosso já assustado povo com a proliferação da ideia do Brasil um País de criminosos - para fazer a imprensa divulgar informações, quase todas se comprovaram falsas, sobre a participação de Lula em desvios de dinheiro.
A ideia é, pelo cansaço, promover uma onda de apoio popular para que qualquer mentira adquira, na população, o grau de veracidade.
Depois de anos de apuração, e com a tecnicidade do conceito teórico de crime de quadrilha para se ungir um chefe para tantas ocorrências, é muito pouco o que foi descoberto contra Lula para qualificá - lo como líder do grupo criminoso. Esse é o maior desespero da turma de Curitiba.
Academicamente até agora não se encontrou uma prova sequer contra o ex - presidente.
Os "vários indícios", como quer a força tarefa fazer acreditar como prova de culpabilidade, não encontram a força de aglutinação entre eles para que fique concretizada a materialidade do crime.
Isso, sem precisar afirmar - se que qualquer mente racional e lógica de técnica científica jurídica entenderia - frente à afirmação do delator dono da OAS, Léo Pinheiro, de que a obra no sítio não foi contrapartidas a qualquer benefício que o grupo tenha recebido - não configurar crime, portanto; sem crime, sem autoria.
Da mesma forma, carece de qualquer racionalidade e lógica a conclusão dos procuradores de que a narrativa de Pinheiro busca preservar Lula. A pergunta deveria ser o que aproveitaria a Pinheiro a preservação de Lula?
A repetição de imputação de crimes ao ex - presidente Lula visa condicionar a população à aceitação da ideia de que Lula é, sem dúvida, criminoso.
A execração dos nomes de empresários objetiva fragilizá - los (já houve até tentativa de suicídio) - da mesma forma como ocorria nos instrumentos tradicionais de tortura - para que afirmem o que quer ouvir a força tarefa, ou seja, depoimentos que visem alcançar a culpabilidade do ex - presidente.
Mas, Moro e equipe ignoram o alerta do “pai da História”, o historiador grego Heródoto:
"A calúnia é sem dúvida, o pior dos flagelos, visto que faz dois culpados e uma vítima".
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