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Jornal GGN - O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes conseguiu censurar, na Justiça, trecho do livro Devaneios sobre a atualidade do capital, escrito pelo advogado e professor de ética Clóvis de Barros Filho, na qual o autor relata ter presenciado uma conversa entre o magistrado e o editor-chefe do Jornal Nacional, Willian Bonner, por telefone.
Em meio a uma reunião de pauta em que haviam convidados da USP, Bonner ligou para Gilmar e perguntou: "Vai decidir alguma coisa de importante hoje? Mando ou não mando o repórter?". "Depende. Se você mandar o repórter, eu decido alguma coisa importante", respondeu o ministro.
Após a publicação e repercussão do caso, Gilmar achou o trecho do livro inapropriado e recorreu à Justiça. O escritório de seu advogado firmou um acordo com o autor do livro e a editora, que se comprometeram a indenizar Gilmar em R$ 10 mil, recolher as edições ainda não vendidas e editar as próximas para remover a citação ao ministro.
A decisão da Justiça em favor de Gilmar saiu essa semana, quando os jornais também noticiaram que Monica Iozzi também foi condenada a pagar R$ 30 mil por ter criticado o ministro numa postagem nas redes sociais.
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