quinta-feira, 2 de março de 2017

Temer cai de podre, mas Lula pode salvar o país


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O desespero diante da possibilidade de Lula voltar à Presidência da República em 2018 já domina os golpistas, como é fácil perceber pela reação da mídia à crescente liderança do ex-presidente operário nas pesquisas de intenção de votos. Na semana de carnaval os jornalões paulistas “Folha” e “Estadão” escancararam de vez a sua posição anti-Lula, pedindo à Justiça, em editorial, a condenação e prisão do líder petista e profetizando a sua inelegibilidade. Mais do que um prognóstico, os jornalões manifestaram o seu desejo de eliminar o ex-torneiro mecânico do cenário político, o que não significa, porém, que serão atendidos, a não ser que o Judiciário, parte contaminado por paixões políticas e visivelmente acovardado, se dobre de uma vez às pressões da mídia. Se isso acontecer, sobretudo em tempo de campanha eleitoral, haverá o risco de uma guerra civil, pois o povão certamente não aceitará ver o seu candidato preferido fora do páreo sucessório.

Caberá ao Supremo Tribunal Federal impedir uma conflagração com inevitável derramamento de sangue, não permitindo a prática de inominável injustiça, já que não existe absolutamente nada que possa justificar a prisão do ex-presidente. Embora a sua vida e dos seus familiares tenha sido revirada do avesso em mais de dois anos de intensa investigação, até hoje não conseguiram encontrar nada que possa incriminá-lo. Ainda assim, ele foi transformado em réu em cinco processos, por conta de decisões escandalosamente políticas e à sistemática negativa a seus recursos. A Suprema Corte, portanto, que concedeu ao ex-presidente José Sarney o foro privilegiado, precisa fazer o mesmo com Lula, também ex-presidente da República, porque o juiz Sérgio Moro, a quem seus processos estão vinculados, não tem isenção para julgar nenhum petista, muito menos o seu líder maior.

Moro, que foi flagrado em animada e sorridente confabulação com o senador Aécio Neves, já deu mostras, em várias oportunidades, que suas decisões sofrem influência politico-partidária. E nas questões que envolvem Lula tem se revelado, sem nenhum pudor, mais advogado de acusação do que magistrado. Desse modo, compete à Suprema Corte, como órgão máximo da Justiça, corrigir as distorções das instâncias inferiores, começando por colocar um freio na escandalosa perseguição de que tem sido vítima o ex-presidente operário. Afinal, chegou a hora do STF recuperar o respeito e a confiança da população de que desfrutava no passado, quando tinha força aquela célebre expressão de que “decisão judiciária não se discute – cumpre-se”. Hoje, infelizmente, as decisões são questionadas em todos os níveis justamente porque em momentos vitais para o futuro político do país o Supremo se comportou de maneira partidária. Os ministros precisam aproveitar esta oportunidade para um reajuste histórico de rumo na caminhada da mais alta Corte de Justiça do país.

O fato é que apesar da perseguição do juiz de Curitiba a Lula e da campanha sistemática que a mídia move contra ele, visível até para um cego, o ex-torneiro mecânico ressurge como a grande força capaz de tirar o país do atoleiro em que foi lançado pelo governo golpista de Temer. Respeitado dentro e fora do Brasil por ter feito um governo de inclusão social, tirando o nosso país do mapa da fome e retirando 40 milhões de brasileiros da linha de pobreza, Lula governou para o povo, implantando programas sociais que, entre outras coisas, abriram as portas das universidades para o pobre. Além de impedir a entrega de nossas riquezas naturais para o capital estrangeiro, ele colocou o Brasil entre as grandes potencias mundiais, desenvolvendo uma política externa que aproximou o nosso pais do resto do mundo. Consciente dos estragos feitos por Temer em todos os setores de atividades, Lula já elabora um plano de emergência para reconstruir o que os golpistas destruíram em menos de um ano de governo. Para isso, conta com o apoio, além do povão, dos intelectuais, que já lançaram um manifesto em favor da sua candidatura.

Como o governo Temer está caindo de podre, estando previsto para muito breve o seu fim, as forças progressistas e nacionalistas deste país precisam urgentemente mobilizar-se para assegurar a realização de eleições diretas antecipadas, pois se o pleito for indireto, como prevê a Constituição, corre-se o risco de trocar seis por meia dúzia. Afinal, em eleições indiretas os eleitores, os parlamentares, serão os mesmos que promoveram o golpe e colocaram Temer no Planalto, o que significa que poderão eleger um nome afinado com a mesma camarilha que hoje governa o país. E nessa situação não se pode descartar o nome do senador Aécio Neves, que sonha em ser Presidente da República e atualmente praticamente movimenta os cordéis das marionetes do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional, além de contar com a simpatia da mídia e de expressiva parcela do Judiciário. Se tal acontecer o Brasil estará definitivamente condenado ao retrocesso, inclusive retornando à condição humilhante de quintal dos Estados Unidos. É isso o que querem os brasileiros? É isso o que desejam os ministros do Supremo Tribunal Federal? Evidente que não. A hora, portanto, é de mobilização em favor do Brasil.

Ribamar Fonseca

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