Vidas paralelas: Pierre Cauchon e Sérgio Moro
por Fábio de Oliveira Ribeiro
Desde de que as bases para um distanciamento ontológico entre filosofia e a sofística foram lançadas por Sócrates no século IV aC o Ocidente é assombrado pela distinção entre aparência e a essência das coisas, dos fenômenos e do ser. Cada filósofo que se debruçou sobre este problema sugeriu uma abordagem, uma solução ou nova forma de problematizar esta distinção. Na parte que me toca, procuro usar esta distinção para ver através dos fatos conteúdos que eles escondem ou podem esconder.
A tarefa de retirar do presente todo o seu brilho não é fácil. Além disso, é difícil não incorrer em analogias grosseiras que revelam apenas preconceitos ou preferências políticas. É preciso olhar nas rachaduras que se apresentam no quadro do presente para lá encontrar depositada, se possível, a poeira de um passado distante ou não tão distante que insiste em determinar as relações entre as autoridades e os cidadãos comuns.
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