Num relatório sobre a "revolução do genoma", intitulado "Curar doentes é um modelo de negócio sustentável?", os analistas do gigante financeiro norte-americano dão o exemplo do tratamento para a hepatite C, com taxa de cura de 90%, que acabou por "esgotar a reserva disponível de doentes".
Por Esquerda.net


Reconhecendo que estes tratamentos, fruto do avanço científico, “trazem imenso valor para os doentes e para a sociedade”, os analistas da Goldman Sachs alertam que podem representar um desafio para os responsáveis por estas investigações “que estejam à procura de um cash flow sustentável”.
Para a Goldman Sachs, um dos exemplos é o da Gilead, cujos tratamentos para a hepatite C têm uma taxa de cura de 90%, e que viram as vendas nos EUA cair de 12.5 mil milhões em 2015 para menos de 4 mil milhões este ano. Esta empresa é um exemplo de como o sucesso do seu produto “acabou por esgotar a reserva disponível de doentes”. No caso dos tratamentos contra doenças infecciosas, o sucesso na cura dos doentes também diminui o número de portadores capazes de transmitir o vírus, reduzindo o número de futuros utilizadores, prossegue o relatório, afirmando que isso não acontece nos casos de doenças cancerígenas, onde “o potencial de cura coloca menos riscos à sustentabilidade” do produto.
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