
POR FERNANDO MORAIS
No auge dos ataques terroristas da máfia de Miami contra Cuba, Fidel fez chegar secretamente uma mensagem a Clinton, usando como pombo-correio o amigo comum de ambos, o escritor Gabriel García Márquez. Num dos pontos, Fidel advertia Clinton de que o combate a esses atos e grupos mercenários não podia ser uma tarefa apenas de Cuba, mas principalmente dos EUA – já que o santuário dos terroristas, todos sabiam, era a Flórida. “Muito em breve”, concluiu Fidel, “qualquer país do mundo poderá ser vítima de tais atos”. Menos de dois anos depois, a Al Qaeda derrubava as Torres Gêmeas de Nova York. Dos dezenove envolvidos diretamente na operação, onze terroristas haviam feito cursos de pilotagem e de tiro… na Flórida. Lembrei desse episódio ao ver os EUA estimulando atos de terror contra a Venezuela. Uma hora a cobra come o próprio rabo.
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