
Os valentões
Está virando moda. Na noite do segundo turno da eleição, o assessor de imprensa do presidente eleito Jair Bolsonaro, Eduardo Guimarães, chamou jornalistas de “lixo” pelo WhatsApp ao comemorar a vitória do chefe. A palavra “lixo” voltou a ser usada contra a imprensa nesta terça-feira (6) pelo deputado eleito Julian Lemos (PSL-PB), integrante da equipe de transição do novo governo. Julian reagiu a reportagens publicadas por este site e pelos dois jornais que informaram que ele já foi condenado por estelionato e enquadrado três vezes na Lei Maria da Penha – em uma delas chegou a ser preso em flagrante.
Em tom de ameaça pelo Instagram, o deputado eleito disse que os três veículos não sabem do que ele é capaz: “Quem não deve não teme, o meu “coro” [couro] é grosso e ao mendo [medo] eu não fui apresentado, sou um homem determinado e com ausência de medo, se acham que vão me intimidar, não viram nada, não fiz 1% do que sou capaz, irei cumprir minha missão, quer queira ou não!”.
Ainda no Instagram o deputado afirmou que tanto o processo por estelionato quanto as acusações de agressão, feitas pela ex-esposa e por uma irmã, são “assuntos mais que resolvidos”. “Mais uma vez afim [a fim] de atingir Jair Bolsonaro requetam [requentam] assuntos mais que resolvidos na minha vida, eles fazem assim… Quem é sujo querem deixar ‘limpo’ quem é limpo querem deixar sujo.”Julian disse que o Congresso em Foco, O Globo, a Folha de S.Paulo e “blogs medíocres” – que noticiaram processos cuja existência ele mesmo não contesta – não têm credibilidade. “Globo, Folha de São Paulo, Congresso em Foco, e blogs medíocres vocês são lixo, vocês não tem (sic) credibilidade, é melhor Jair se acostumando comigo também”, escreveu.
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