
O juiz Sérgio Moro já havia sido convidado por Bolsonaro para ser ministro da Justiça antes da eleição. Quem afirma isso é o vice do capitão, general Mourão. Desnecessário dizer o que isso significa em relação à condenação de Lula e a divulgação da delação de Palocci um pouco antes do primeiro turno.
Moro não faz justiça, mas justiçamento. Escolheu um lado para liquidar e, estimulado por veículos de comunicação e jornalistas canalhas, agiu sem limites.
E agora sem nenhum tipo de constrangimento aceita ser ministro de Bolsonaro para completar o serviço.
Moro será o algoz dos movimentos sociais. E das lideranças de esquerda que serão assassinadas como na Colômbia, acusadas de narco-terrorismo.
A aliança total e irrestrita com os EUA de Trump e com Israel tem por objetivo impedir que organismos internacionais apliquem sanções ao Brasil por violações aos direitos humanos.
A gritaria vai ser grande, mas as consequências serão mínimas. O barco do fascismo tende a seguir seu curso por um período razoável com essa grande aliança.
A resistência democrática terá que ser muito mais ampla do que imaginam alguns para impedir a barbárie total. Não haverá espaço para muita coisa num primeiro momento, mas se imperar o medo e o silêncio, as consequências serão piores.
Moro tirou a máscara e não o fez por vaidade, mas porque terá apoios internos e externos pra cumprir sua agenda, salgar a terra onde podem vir a brotar novos líderes sociais.
Não se anime com análises do tipo "agora ele se desmoraliza". Isso poderia fazer sentido em dias normais de temperatura e pressão. Não estamos nesta quadra histórica. O buraco é mais embaixo e dias piores virão, mas piores ainda serão se a organização dos movimentos populares ficar com medo e não forem à luta já sabendo qual é o plano deste governo fascista.
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