terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Aécio usou supermercado em BH para lavar dinheiro e comandou esquema de R$ 110 milhões, diz PF

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            Foto: Agência Brasil

Jornal GGN - Aécio Neves (PSDB) liderou uma organização criminosa com a intenção de comprar apoio político de outros partidos para sua candidatura à presidência, em 2014. Para isso, captou junto ao grupo que controla a JBS cerca de R$ 110 milhões em doações legais e ilegais. O dinheiro foi distribuído entre aliados do tucano no DEM, Solidariedade e PTB. Para entregar os recursos, o esquema teria usado até supermercados de Belo Horizonte. É o que afirma a Polícia Federal no âmbito da Operação Ross.

“O grupo criminoso liderado pelo senador Aécio Neves teria agido de forma a ‘comprar’ o apoio de diversos partidos e candidatos para a campanha presidencial do PSDB nas eleições de 2014, como o PTB, com a interlocução dos deputados federais Cristiane Brasil e Benito Gama, além do tesoureiro do partido Teixeira Magalhães Filho, o Solidariedade, com o envolvimento do deputado federal Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), além do DEM, em que houve a interlocução com o Senador Agripino Maia, e outros já referidos”, afirmou a PF.

Para a PF, Aécio “solicitou e recebeu direta e indiretamente o valor indevido de pelo menos R$ 128.049.063,00 do grupo J&F, sendo R$ 109.344.238,00." Os recursos foram repassados aos partidos alinhados com Aécio: "R$ 20 milhões para o PTB, R$ 15 milhões para o Solidariedade e R$ 2 milhões para o DEM, além de R$ 9 milhões para “diversos candidatos e partidos menores”.

"O recebimento dos recursos indevidos pelos membros da associação criminosa foi embasado na prática de crime de corrupção e viabilizados por intermédio da lavagem dos recursos financeiros, seja pela realização de doações eleitorais oficiais, por meio da simulação da prestação de serviços e emissão de notas fiscais fraudulentas, pela utilização de doleiros para a realização de entregas em espécie e depósitos em contas correntes de pessoas físicas, ou ainda pelo emprego de supermercados para a realização de entregas em espécie”, escreveu a PF."

Em troca, Aécio prometeu a Joesley Batista "influência no futuro governo federal, que seria viabilizada pelo grupo político ‘comprado’, além de ter atuado para a restituição de créditos de ICMS junto ao governo de Minas Gerais”, acrescentou a PF.

Nesta terça (11), a PF fez operação de busca e apreensão em endereços de Aécio, de sua irmã Andréa Neves e do deputado federal Paulinho da Força (SD-SP). Houve pedido de prisão preventiva mas a Justiça negou.

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