sábado, 13 de abril de 2019

O conluio perfeito


Nonato Menezes - Câmara Legislativa, Sindicato dos Professores e diretores de Escolas Públicas do Distrito Federal não querem Democracia no Sistema de Ensino Público. E não escondem o conluio feito para destruir o pouco que já existe de Democracia nos nossos Estabelecimentos de Ensino. 

O Sinpro/DF, que de progressista só tem seu passado, foi quem mais contribuiu para criar a Lei 4751 de 07/02/2012 que, entre outros propósitos, o de a comunidade escolar eleger gestoras e gestores por período não muito longo, com direito à reeleição, é um dos mais importantes princípios da Gestão Democrática. 

Agora, sem nenhum pudor, a atual diretoria, a mesma que ajudou a balançar o berço do golpe de 2016, não se envergonha de fazer parte da destruição da própria Lei de Gestão que ajudou a criar, quando, em conluio com a CLDF e muitos diretores de escola, defendem reeleição indefinidamente. 

Ontem, dia 12/04/2019, a CLDF realizou Audiência Pública para abordar os repasses do PDAF e a gestão dos diretores de escola. Evento casuístico, patrocinado pelo deputado das Emendas Parlamentares e criador nefando do curral eleitoral nas Escolas Públicas do DF. 

O Objeto primordial da Audiência foi a reeleição dos diretores e diretoras escolares inquietos. Aqueles e aquelas que desejam e defendem função vitalícia como diretor e diretora de escola. Jeito faceiro, usando o expediente das eleições diretas para parecerem que são democráticos. 

A Audiência desnudou o conluio e não teve sequer um protesto contra a agressão à desmilinguida Gestão Democrática. Como se fosse algo trivial, a CLDF divulga o feito e revela a boçalidade do ato com a seguinte expressão: “O fim do mandato dos atuais dirigentes das escolas públicas – uma nova eleição está prevista para o segundo semestre – preocupa a comunidade escolar. Um estudo apresentado no evento prevê que 87% dos estabelecimentos de ensino terão as equipes substituídas o que poderia significar "descontinuidade" de várias ações. 

"O gestor escolar é um prefeito", comparou Veras, chamando a atenção para as inúmeras atividades que os responsáveis pelas escolas precisam assumir. Enquanto a deputada Arlete Sampaio (PT), considerou os relatos dos professores "questões extremamente relevantes vivenciadas no dia a dia". Ela lamentou que, apesar disso, "os governos não consigam desenvolver projetos que possam resolver os problemas que vêm sendo apontados". Como exemplo, citou a questão da violência.” 

Ufa! Sem mais comentários. 

Nota da CLDF.

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