Mulher mostra máscara do ex-presidente Lula durante ato contra golpe de 64. UESLEI MARCELINO (REUTERS).
Dados são da pesquisa do Atlas Político, que mostram resiliência petista quase um ano após prisão de Lula. 57,9% são a favor da prisão de ex-presidente
F. B. / São Paulo
O Partido dos Trabalhadores (PT) ainda é a preferência da maior parte dos eleitores, apesar de ter perdido as últimas eleições presidenciais para o ultraconservador Jair Bolsonaro e ter seu maior nome, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atrás das grades. É o que indica a última pesquisa Atlas Político, feita com 2.000 pessoas entre os dias 1 e 2 de abril em todos os Estados do Brasil. Um total de 15,8% dos que participaram da pesquisa dizem preferir o partido dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Em segundo lugar está o neófito Partido Social Liberal (PSL) de Bolsonaro, com 5,5% da preferência. Em terceiro está o partido NOVO, com 2,1%.
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"Se você olha a pesquisa histórica de preferência partidária, o PT sempre esteve na frente, separado dos outros", explica Andrei Roman, cientista político e diretor do Atlas Político. Para ele, PSL e Novo ocuparam o espaço do PSDB e do MDB, que tinham a preferência de um eleitorado mais de centro e de direita. Hoje, cada um possui apenas 1% da preferência do eleitorado, atrás também do PDT (em quarto lugar na preferência, com 1,9%) e do PSOL (em quinto lugar, com 1,2%).
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Por outro lado, 59,5% possuem uma imagem negativa do ex-presidente Lula e 57,9% se mostram a favor de sua prisão. "É certo que a opinião a favor da prisão de Lula se cristalizou", destaca Roman. O que explica então o PT ainda ser a principal preferência do eleitorado? "Dos 33,1% que são contra a sua prisão, metade é um eleitorado mais ideológico. Existe um nicho em que o partido é muito forte", explica. Além disso, 65,6% dos que participaram da pesquisa declararam não ter nenhum partido de preferência.
A implosão do PSDB e do MDB na preferência do eleitorado e a subida do PSL e do Novo também indicam uma implosão do centro político, algo observado em outros países como Estados Unidos e Reino Unido. "E o Novo é um partido mais ideológico que o PSL, isso pode ser a semente para algo maior", opina Roman.
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