sexta-feira, 10 de maio de 2019

Sobre Eduardo Bolsonaro e o risco de uma guerra civil no Brasil, por Eduardo Ramos

Há elementos de sobra, visíveis "a olho nu", no comportamento, nas falas, nas expressões corporais, no olhar, no ódio e na insanidade latentes, nos membros da "famiglia Bolsonaro"



Sobre Eduardo Bolsonaro e o risco de uma guerra civil no Brasil por Eduardo Ramos

(referente ao post do Nassif no GGN, “Xadrez do golpe de Bolsonaro a caminho”)

Do dramático post do Nassif (dramático porque é um alerta que deve ser levado muito a sério sobre o risco de uma guerra civil em nosso país…) o fragmento mais grave, o que envolve a maior possibilidade REAL de consequências nefastas é o discurso de Eduardo Bolsonaro sobre a “necessidade” da população se armar, citando como exemplo a Venezuela de Maduro.

Há elementos de sobra, visíveis “a olho nu”, no comportamento, nas falas, nas expressões corporais, no olhar, no ódio e na insanidade latentes, nos membros da “famiglia Bolsonaro”, que nos permitem concluir que há ali patologias várias que deformam o ser; tudo neles remete a Hitler, à arrogância louca de quem só admite um mundo que seja espelho de suas crenças, preconceitos, fanatismos, ressentimentos e ódios generalizados. As pessoas riam de Hitler e seus asseclas quando o nazismo ainda era “o ovo da serpente”. Pararam de rir quando as milícias nazistas começaram a agredir com selvageria, intimidar pela força, e até matar seus opositores. Mariele não terá sido um aviso, uma demonstração de que essa gente não tem limites? O terror psíquico imposto a Jean Wyllys e Márcia Tiburi pela multidão de fanáticos bolsominions, levando os dois a se auto exilarem por medo por suas vidas, não é igualmente, uma demonstração da insanidade terrível desse momento único em nossa História?

Lembro do olhar, da expressão de arrogância serena do Eduardo Bolsonaro, quando falou em uma palestra a empresários que “para fechar o STF não era preciso nem um jeep, bastavam um cabo e um soldado…” – e o sorriso irônico de quem tinha absoluta certeza daquele fato. Não estamos lidando com “gente normal” – Bolsonaro e seus filhos não têm limites éticos, morais, existenciais, políticos, nada, nenhum limite! Pudessem, tivessem hoje o exército sob seu domínio veríamos no Brasil uma das ditaduras mais perversas e sangrentas de todos os tempos. O modo como essa gente vê um opositor – qualquer um que pense diferente… – é “o modo como olharam para Mariele Franco” – pessoas a serem exterminadas, se não se calarem, se não se submeterem. De repente, é para se levar a sério as ameaças de Bolsonaro de “exterminar os petralhas”. Passo hoje, a não duvidar de que ele faria isso se um dia tivesse o PODER DE FATO (uma ditadura “convencional”) em suas mãos.

O modo drástico, radical, que Bolsonaro passou a tratar os militares em seu governo, é quase inacreditável, de tão DESAFIADOR da autoridade desses militares. É como se mandasse um recado muito claro: “Quem manda sou eu, Olavo está do meu lado, portanto, por mim ele falará o que quiser, quando quiser, sobre quem ele quiser, inclusive os senhores generais…” – Como se aumentasse propositalmente as fichas na mesa do jogo, por acreditar que não vão pagar a aposta e tirá-lo do poder.

Estamos portanto, num impasse terrível, e concordo INTEGRALMENTE com o Nassif: O MAIOR DE NOSSA HISTÓRIA!

Aceitarão os generais as humilhações das ofensas inomináveis de Olavo de Carvalho? Aceitarão as nossas instituições Bolsonaro liberar armas para vários segmentos da sociedade, tornando o país um barril de pólvora INCONTROLÁVEL num futuro muito próximo?

O Alto Comando de nossas Forças Armadas deveria refletir com toda a sensatez de que fossem capazes e enxergar que NÃO HÁ SAÍDA FORA DO RETORNO DA DEMOCRACIA NO BRASIL. Exatamente como foi no fim da ditadura de 64, quando o país só respirou normalidade, civilidade, alguma paz social, através da POLÍTICA e de um mínimo funcionamento das instituições. NÃO HÁ COMO DAR CERTO ESSA AVENTURA DE UMA “DITADURA DISFARÇADA”, que é o que vivemos hoje em nosso país! Bolsonaro e seus filhos PRECISAM SER IMPEDIDOS URGENTEMENTE! Mas não será através de um governo militar através de Mourão e as centenas de militares que enxertariam o “novo governo”, a solução. Ou se constrói algum tipo de PACTO SOCIAL sem essa loucura do viés único da extrema direita, do ódio a Lula e às esquerdas, das instituições usadas como meio de esmagar toda a oposição, como ARQUITETOU E FIZERAM Moro e os procuradores da Lava Jato com o apoio da Globo e dos próprios militares, ou seguiremos no pântano fétido da incivilidade, da barbárie, do país mergulhando mais uma vez no atraso do Estado de Exceção.

Mas hoje, até Mourão se torna mais palatável e até NECESSÁRIO, se a opção outra for a loucura, a selvageria, o nazismo, o horror e a GRAVE AMEAÇA que a família Bolsonaro e Olavo de Carvalho representam para o Brasil.

Alguma espécie de consenso precisa ser construído com esse objetivo específico – eliminar a loucura armamentista, o risco de uma guerra civil ou o que o post do Nassif preconiza: nos tornarmos de vez uma nação dominada por milicianos assassinos.

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