
Por Alex Solnik
"Eu antes era herói".
Começa assim a paródia de "João e Maria", de Chico Buarque.
Quem canta é um executivo parecido com Moro, sentado à mesa, olhando um álbum de fotografias.
"O pai dos três playboys me nomeou para agradar vocês", afirma.
"Eu já vazei informações/ mas foi com boas intenções", confessa.
"Agora me ferrei/ pra que eu fui deixar de ser juiz/? seguiam minha lei/ faziam tudo do jeito que eu quis".
Quando a letra diz "e você fez power-point pra me bajular" entra em cena um personagem parecido com Dallagnol.
Em pé ao lado de "Moro", "Dallagnol" canta:
"Não, não chore não/ porque vazaram o nosso segredo/ um bando de espião/ a serviço de um partido".
Finalizam cantando em dueto:
"Talvez agora a gente perca o emprego/ pois quem com grampo fere/ com grampo também será ferido".
Transmitida no programa "Zorra Total", da Rede Globo, ontem à noite, a paródia só foi ao ar depois de passar pelo crivo dos irmãos Marinho.
Ela é mais corrosiva que qualquer editorial do Jornal Nacional e fere de morte a imagem do ministro da Justiça junto ao povão, que constitui a maior audiência do humorístico.
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